Bombril é acusada de racismo após lançar esponja de aço chamada 'Krespinha'

A Bombril foi acusada de racismo nas redes sociais, nesta quarta-feira, após lançar uma esponja de aço inox chamada 'Krespinha'. A hasthag #BombrilRacista foi uma das mais comentadas do Twitter e ainda não houve um posicionamento oficial da empresa. 

O produto, definido como ‘perfeito para a limpeza pesada’, foi retirado do catálogo do site da Bombril. Internautas lembraram que a esponja faz referência a um lançamento em 1952 - a embalagem que era comercializada na época estampava uma criança negra, associando o produto ao cabelo da menina. 

A ativista negra Winnie Bueno se posicionou sobre o assunto e defendeu que o 'marketing é baseado em racismo'. 'Krespinha, a esponja de aço da Bombril, perpetua estereótipos racistas e imagens de controle que associam o corpo de mulheres negras ao trabalho doméstico pesado', diz trecho de publicação no Twitter. 

A jornalista da revista Piauí, Yasmin Santos, cobrou um posicionamento da empresa. 'Alheia aos crescentes debates sobre racismo e resolveu relançar o produto, mantendo o nome original', escreveu. 

Como cobrar posicionamento da marca %uD83D%uDC47%uD83C%uDFFDhttps://t.co/y66XGpJ1Cg https://t.co/r7foNau9yk

— yasmin santos (@yasminsmp) June 17, 2020

O caso da Bombril vem à tona em meio a grandes mobilizações sobre o racismo. Milhares de manifestantes estão indo às ruas de cidades do mundo em apoio aos protestos nos Estados Unidos pelo fim da brutalidade policial contra negros.