VAZAMENTO

Praias do Rio correm risco de interdição após chegada da mancha de óleo

Por: AE

Publicado em: 25/11/2019 09:11 | Atualizado em: 25/11/2019 10:35

Praias do Rio correm risco de interdição após chegada da mancha de óleo. (Foto: Reprodução)
Praias do Rio correm risco de interdição após chegada da mancha de óleo. (Foto: Reprodução)
Após a confirmação de que o vazamento de óleo que atingiu a costa brasileira chegou ao litoral do Rio de Janeiro, o Ministério Público do estado informou que avalia a necessidade de interdição da Praia de Grussaí, onde foram detectados os fragmentos de óleo. Segundo o MP, que instaurou um procedimento administrativo para acompanhar o avanço da mancha, a medida visa proteger banhistas e a população local do risco de contaminação.

A necessidade de interdição será avaliada pela 2ª Promotoria de Justiça de São João da Barra, junto à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e à Defesa Civil. No último sábado, pequenos fragmentos do óleo derramado na costa nordestina foram encontrados em São João da Barra, no litoral do Rio de Janeiro, segundo o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O órgão informou que mais ou menos 300 gramas do chamado "petróleo cru" foram detectados e removidos da orla fluminense.

O material foi analisado pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e constatado como "compatível com o óleo encontrado no litoral da região Nordeste e Espírito Santo", afirmou o grupo no texto. Desde o fim de semana, um grupamento de militares da MB se encontra no local para monitorar e limpar a área atingida, com a colaboração de servidores do Ibama.

O avanço da mancha de óleo em águas nacionais motivou um comentário do presidente Jair Bolsonaro. No sábado (23), ele disse que não há como saber quanto de óleo foi derramado próximo à costa brasileira. Para o presidente, é preciso preparar-se para o pior cenário. “Gostaríamos muito de que fosse identificado quem, no meu entender, cometeu esse ato criminoso. Agora, não sabemos quanto de óleo tem no mar. Na pior hipótese, um petroleiro, caso tenha jogado no mar toda sua carga, menos de 10% chegou à nossa costa, ainda. Nos preparemos para o pior. Pedimos a Deus que isso não aconteça”, disse durante evento na Vila Militar do Rio de Janeiro.

Regiões afetadas
Segundo o monitoramento do Ibama, o derramamento de óleo atingiu 720 municípios do litoral brasileiro. O desastre foi identificado inicialmente nas praias do estado da Paraíba, em agosto. Em seguida, espalhou-se em grandes quantidades pelo Nordeste. No início de novembro, a mancha chegou ao estado do Espírito Santo (Sudeste) e ao norte do Rio. Assim, subiu para onze o número de estados  brasileiros atingidos pelo poluente. 
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