ÓLEO NO NE

Mancha de óleo no local de vazamento na costa do Nordeste tinha 200 Km

Publicado em: 01/11/2019 20:23 | Atualizado em: 01/11/2019 20:45

"A mancha no ponto zero tinha 200 quilômetros de extensão na superfície. Provavelmente havia mais óleo me baixo da água", disse Leonardo Barros, diretor executivo da Hex. (Foto: Instituto Bioma.)
"A mancha no ponto zero tinha 200 quilômetros de extensão na superfície. Provavelmente havia mais óleo me baixo da água", disse Leonardo Barros, diretor executivo da Hex. (Foto: Instituto Bioma.)
A Hex, empresa brasiliense especializada em tecnologias geoespaciais, que colaborou com órgãos de governo para identificar o local do vazamento e a embarcação que provocou a poluição do mar por óleo na costa do Nordeste, afirmou que a mancha localizada na região do derramamento tinha 200 quilômetros de extensão. De acordo com a empresa, o material apareceu pela primeira vez em imagens de satélite em 28 de julho.

Os satélites utilizados pela Hex para investigar de onde partiu o vazamento e a embarcação que transportava o óleo são da Agência Espacial Europeia (Esa) e Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa).

O diretor executivo da Hex, Leonardo Barros, destacou que apesar da amplitude da mancha no local do vazamento, havia também mais óleo submerso. "A mancha no ponto zero tinha 200 quilômetros de extensão na superfície. Provavelmente havia mais óleo me baixo da água", disse.

Ao identificar a região do vazamento, foi possível identificar o navio causador, que se chama Bouboulina, da Delta Tankers. A embarcação é de origem grega e havia partido da Venezuela, com destino a Singapura, aportando antes na África do Sul. "A partir da localização da mancha e da confirmação começamos a trabalhar com dados AIS para encontrar embarcações. Dados da Airbus Defense Space, que topou investir neste trabalho. Não fomos contratados para este serviço. Decidimos investir neste trabalho por conta própria", completou Leonardo.

Apesar de não ter sido contratada pelo governo, a Hex confirmou que foi contatada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para ajudar nas investigações. O relatório da empresa foi enviado para a Polícia Federal. O Bouboulina carregou 1 milhão de barris no Porto de San Jose, na Venezuela.
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