Vazamento

Grupo de pesquisa da UFBA encontra óleo em organismo de animais marinhos

Publicado em: 24/10/2019 20:43

Os pequisadores ainda não sabem dizer se a substância analisada é contaminável, mas indicam a população que, por precaução, evitem consumir animais vindos das áreas afetadas pelo óleo (Foto: Reprodução/TV Bahia. )
Os pequisadores ainda não sabem dizer se a substância analisada é contaminável, mas indicam a população que, por precaução, evitem consumir animais vindos das áreas afetadas pelo óleo (Foto: Reprodução/TV Bahia. )
Está sendo realizada uma pesquisa na Universidade Federal da Bahia a qual pesquisadores acabaram encontrando o óleo que está contaminando o litoral nordestino nos aparelhos digestivos e respiratórios de peixes e mariscos, todos retirados de locais atingidos pelo vazamento como Praia do Forte, Itacimirim e Guarajuba. 
 
Francisco Kelmo, diretor do Instituto de Biologia (Ibio) e pessoa à frente do estudo, divulgou os dados da pesquisa nesta quinta-feira (24). De acordo com ele, 38 animais, dentre eles moluscos e crustáceos, foram recolhidos no último final de semana, e todos apresentaram a substância no organismo. Ainda, existem 12 animais marinhos sendo analisados. 

Os pequisadores ainda não sabem dizer se a substância analisada é contaminável, mas indicam a população que, por precaução, evitem consumir animais vindos das áreas afetadas pelo óleo. "Dependendo da sensibilidade, a pessoa pode ter desde uma pequena reação alérgica, quando em contato direto com a pele, e, no caso de inalação dos vapores, ela pode ter tosse, rouquidão, enjoos e, até mesmo problemas respiratórios, dificuldade para respirar", explica Kelmo. 

Para o professor, além do risco da infecção alimentar, existem as consequências a longo prazo da presença desses compostos no organismo, que são hidrocarbonetos e possuem metal, "Nós estamos falando de um óleo cru. Esse material vai ficar armazenado dentro do corpo da pessoa que consumir", completou.

Kelmo contou que a pesquisa está sendo feita com auxilio de alunos de pós-graduação e que todas as análises serão repassadas para o Ibama."Vamos encaminhar, a partir de amanhã ou depois, os resultados ao Ibama. O que a gente conseguiu constatar já dá uma noção do que está acontecendo, dessa situação de estresse agudo", afirmou.
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