Crueldade

Morador de rua é preso em flagrante ao tentar estuprar cadela no Paranoá

Publicado em: 25/03/2019 21:40

Foto: PCDF/Divulgação (Foto: PCDF/Divulgação)
Foto: PCDF/Divulgação (Foto: PCDF/Divulgação)
Um homem de 47 anos foi detido após ser flagrado abusando sexualmente de uma cachorra. O caso aconteceu na tarde desta segunda-feira (25), perto da rodoviária do Paranoá. Quem passava pelo local ouviu a cadela urrar. O morador de rua foi então flagrado realizando o ato e policiais militares que faziam ronda em uma viatura foram acionados.

O suspeito recebeu voz de prisão dos militares, que conseguiram resgatar o animal. O homem e a cadela foram levados para a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), onde chegaram às 17h30. Agentes da unidade coletaram o depoimento do morador de rua.

"Todos ficamos em estado de choque com esta situação, é algo muito triste e assustador. O homem responderá por esse crime", delimita a delegada Jane Klébia, chefe da 6ª DP. Segundo ela, o homem já tem passagem por Maria da Penha, lesão corporal e homicídio.

O acusado foi autuado em flagrante por maus-tratos, pela lei de crimes ambientais. A pena é de detenção de três meses a um ano. Como não é prevista prisão imediata para esse tipo de delito, o homem foi liberado por volta das 18h50, após assinar um Termo de Compromisso de Comparecimento à audiência judicial.

A defensora dos animais e advogada Ana Paula Vasconcelos compareceu à delegacia para acompanhar o caso. Ela participa da ONG Projeto Adoção São Francisco e assinou um termo de responsabilidade para ter a custódia da cadela violada. O animal está em atendimento veterinário e pode ser submetido a procedimento cirúrgico.

A guardiã da cachorra critica a atual legislação para esse tipo de crime contra os animais. "Infelizmente, enquanto nossa legislação não mudar e não termos previsão de prisão flagrancial para esses casos, isso continuará acontecendo. É uma situação completamente revoltante", opina Ana Paula Vasconcelos.

"Por se tratar de um morador de rua, dificilmente ele comparecerá à audiência sobre o caso. Ele não tem endereço fixo e a Justiça sequer conseguirá encontrá-lo. É mais um caso que ficará impune", analisa a defensora.
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