Mina do Feijão

Após 21 dias sem funcionamento, hidrelétrica de Retiro Baixo é religada

Publicado em: 19/02/2019 17:09

Foto: Reprodução/ Youtube
Após 21 dias sem funcionamento como medida cautelar, a usina hidrelétrica de Retiro Baixo, localizada no curso do Rio Paraopeba, no município de Felixlândia, próxima a Brumadinho - a cerca de 230 km de onde se deu o rompimento da barragem -, foi religada na tarde desta terça-feira (19). A informação foi trazida pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e, de acordo com os pesquisadores da instituição presentes no local, a captação da água está dentro do habitual e foi possível observar a existência de peixes.

"Ela (gerente da usina) nos informou que o funcionamento foi normalizado, pois a água não apresenta, até o momento, nenhum indício visível de contaminação", disse Nelson Freire, pós-doutorado em risco de desastres naturais. "Não constatamos nenhum problema aparente", complementou.

Freire e a especialista em pesca artesanal, Beatriz Mesquita, estão em agenda em Minas Gerais para entrevistar moradores e pescadores das regiões vizinhas ao local, além de abordar gestores na área de infraestrutura e meio ambiente. Está previsto, também, a análise da turbidez das águas dos rios atingidos pelo derramamento de rejeitos da Mina Córrego do Feijão. "Não é apenas uma onda de contaminação que veio e foi embora. É um processo contínuo de chuva, erosão e carreamento desse material", explicou Freire. 

A usina foi desligada no último dia 28 por precaução, tendo em vista a previsão dos rejeitos da barragem I da Mina do Córrego do Feijão - rompida no dia 25 de janeiro - chegarem ao local. De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Barata, o período inativa da hidrelétrica não comprometeu o sistema.

Os pesquisadores irão retornar à Fundaj no dia 15 de março. De acordo com a fundação,  ''a pesquisa completa será elaborada em um dossiê preliminar denominado 'Monitoramento Geoespacial da Contaminação do Rio São Francisco Pós-Brumadinho: Possíveis Impactos na Economia, Meio AMbiente, Saúde Pública e Pesca Artesanal'".
 
*Com informações da Fundaj 

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