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Ministério Público identifica 180 presos com sarna no Complexo da Papuda

Publicado em: 23/01/2019 16:43

Foto: Breno Fortes/CB/D.A Pres
Uma vistoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) constatou que 180 presos do Centro de Detenção Provisória (CDP), que fica dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, estão com escabiose, mais conhecida como sarna. A identificação ocorreu entre 10 e 15 de janeiro, quando promotores do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) encaminharam um ofício à Gerência de Saúde Prisional da Secretaria de Saúde para que a doença não se espalhe. O documento pedia equipe de saúde e materiais necessários ao tratamento dos presos. 

Na tarde de terça-feira (22), promotores do Nupri estiveram no CDP e se reuniram com a diretoria da unidade para informar sobre as medidas adotadas para combater a patologia. A equipe ainda monitora o caso com a Gerência de Saúde da Subsecretaria do Sistema Prisional do Distrito Federal.
 
As atualizações estão sendo registrados em procedimento interno do MPDFT, instaurado para acompanhar a doença. De acordo com o Ministério Público, os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) informaram ao menos cinco medidas adotadas para reverter o problema, mas o único medicamento para tratamento da doença de pele, a loção Permetrina 5%, está em falta no sistema. Por causa disso, o presídio liberou que visitantes levassem aos internos o remédio e iniciou contatos para compra emergencial do medicamento.
  
Além disso, equipe de saúde do CDP faz mutirão de atendimento, além de higienização de celas e alas. O MPDFT também recebeu informação de que houve início do processo administrativo para implantação de lavanderias no sistema.
 
Posicionamento Sesipe 
 
Em nota, a Sesipe informou que os casos diagnosticados com doenças de pele na penitenciária da Papuda “não caracterizam epidemia e já estão sendo tratados pela equipe médica do Núcleo de Saúde da Unidade”. Segundo o órgão, uma triagem feita no complexo na quarta-feira diagnosticou 55 presos com alguma doença de pele. 

A Sesipe também garantiu que há acompanhamento médico desde a entrada no sistema penitenciário. “Quando existe a identificação de alguma doença contagiosa, o interno é separado dos demais e recebe tratamento dentro do Núcleo da Secretaria de Saúde de cada unidade prisional, com médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos e assistentes sociais”, informou o órgão.

A pasta também detalhou que a cela passa por um processo de higienização com produtos químicos.  
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