crime no trânsito

Motorista do acidente em Copacabana não contou ter epilepsia ao tirar CNH

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Anaquim. O espaço está aberto para manifestação

Publicado em: 19/01/2018 13:17 | Atualizado em: 19/01/2018 14:05

O motorista Antonio Almeida Anaquim, que atropelou 17 pessoas em Copacabana - Foto: Repodução/Facebook

O Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) informou na manhã desta sexta-feira, 19, que Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, que dirigia o carro que atropelou 17 pessoas na noite da quinta-feira, 18, negou ter qualquer doença neurológica, inclusive epilepsia, durante seu exame de validação médica para obter sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A autarquia também afirmou que Anaquim estava com sua CNH suspensa desde 2014, mas não cumpriu a exigência de devolução do documento para realização de curso de reciclagem.

Pessoas com epilepsia podem ter Carteira Nacional de Habilitação segundo o Detran. Mas, para ter a CNH validada, esses motoristas precisam passar por uma avaliação neurológica. Quando considerados aptos para dirigir, o exame médico terá validade menor, segundo avaliação médica. Esses condutores só poderão ter a CNH na categoria B (que só permite dirigir carros). 

Anaquim, porém, de acordo com o Detran, omitiu ter a doença ao requerer a carteira. O Detran do Rio também informou que, por cometer um crime de trânsito ao dirigir com a carteira suspensa, o motorista terá sua documentação cassada, "como determina a legislação federal de trânsito".

Segundo testemunhas, Anaquim teria perdido o controle de seu carro, por volta das 20h30, na Avenida Atlântica. O automóvel invadiu a calçada e a areia. Anaquim afirmou à Polícia Civil ser epilético e ter sofrido um desmaio enquanto dirigia.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Anaquim. O espaço está aberto para manifestação.

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