Violência Após crime brutal, moradores de Alexânia pedem justiça em nome de Raphaella Mais de duas mil pessoas foram ao enterro de Raphaela Noviski, assassinada com 11 tiros dentro da escola

Por: Estado de Minas

Publicado em: 08/11/2017 11:30 Atualizado em: 08/11/2017 11:36

Algumas pessoas cercaram o carro onde estava Misael, aos gritos de lincha, lincha. Foto: Ed Alves/CB/D.A Press
Algumas pessoas cercaram o carro onde estava Misael, aos gritos de lincha, lincha. Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

“Onze tiros fizeram a avaria”. A frase faz parte da canção Onze Fitas, interpretada pela cantora Elis Regina. O mesmo número pôs em choque e desencadeou uma onda de revolta em Alexânia, a 91km de Brasília. Um dia após a barbárie contra a estudante Raphaella Noviski, 16 anos, morta no Colégio Estadual 13 de Maio com 11 disparos no rosto, amigos e familiares se mobilizaram para o sepultamento da jovem e para a audiência de custódia do assassino confesso Misael Pereira Olair, 19 anos.

À tarde, na calçada do Fórum da Comarca de Alexânia, dezenas de pessoas cobraram punição exemplar, em um protesto com cartazes e palavras de ódio. Elas chegaram a cercar o carro da polícia que trouxe e levou Misael. Algumas gritaram “lincha”, lincha”.
 


Ele chegou ao fórum usando um colete a prova de balas, camiseta, bermuda e chinelos. “Vou olhar na cara dele e quero que ele me responda por que fez isso com ela”, disse, com os olhos marejados, Rosângela Pereira da Silva, mãe de Raphaella. “Eu não perdoo”, ressaltou.

 


MAIS NOTÍCIAS DO CANAL