manifestação Taxistas e motoristas do Uber entram em confronto na Esplanada A Polícia Militar teve de intervir, com uso de spray de pimenta, para evitar que a confusão se prolongasse.

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 31/10/2017 16:44 Atualizado em: 31/10/2017 16:50

No confronto, um taxista acabou detido por desacato. Foto: Divulgação/PMDF
No confronto, um taxista acabou detido por desacato. Foto: Divulgação/PMDF

Taxistas e motoristas de aplicativos de transporte executivo iniciaram um princípio de confronto no início da tarde desta terça-feira (31/10), na Esplanada dos Ministérios, onde ocorre um protesto no dia em que o Senado Federal votará pela regulamentação ou não dos apps no Brasil.  

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), os taxitas fecharam a via S1 por aproximadamente 5 minutos, travando o trânsito na região. Logo em seguida, teriam iniciado uma série de provocações aos motoristas do Uber e Cabify, que teriam revidado. A PM interviu, usando spray de pimenta. Um taxista acabou detido por desacato.
 
Os profissionais estão desde a madrugada desta terça-feira no canteiro central da Esplanada dos Ministérios em uma mobilização para pressionar a votação do PLC 28/2017. Representantes de aplicativos, como Uber, 99 e Cabify, desaprovam o projeto que regulamenta os serviços de transporte particular, que está prevista na pauta do Senado Federal hoje.

O motorista Richard de Oliveira, de 36 anos, trabalha com o transporte por meio de aplicativos há dois anos. Ele afirma que o projeto atual prejudica os motoristas. "Da forma como foi apresentado, esse projeto impede os motoristas de aplicativos de trabalharem. Exige placa vermelha e autorização da prefeitura. O governo local agiria de forma política e impediria que os motoristas da Uber tivessem permissão", afirmou. 
 
Os motoristas de transporte particulares entregaram cerca de 815 mil assinaturas contra a proposta, que traz exigências como o uso de placas vermelhas (iguais às dos táxis), veículo próprio e autorização específica do governo para prestar o serviço. Os taxistas pedem a aprovação do texto sem modificações e muitos alegam concorrência desleal.
 
O taxista Adebal Alves Rezende, de 63 anos, trabalha a três décadas neste tipo de serviço. Ele afirma que a regulamentação do transporte por aplicativo vai trazer mais segurança aos passageiros. "O projeto tem que passar. O Uber tem que ser regulamentado. Nós pagamos impostos e eles não. Além disso tem muitos bandidos que trabalham com Uber. Eu vejo de Belo Horizonte e vejo muitas pessoas em regime semiaberto no Uber. Nem todos são bandidos, só cerca de 85% a 90%", afirma.
 
Ainda não há confusão, mas há clima de tensão entre os motoristas. Os taxistas acusam aos gritos os motoristas de transporte particular de serem "criminosos e piratas". 


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