Renúncia Carlos Arthur Nuzman renuncia à presidência no COB Nuzman também abriu mão de sua posição de membro honorário da Assembleia Geral e garante que vai provar sua inocência

Por: Agência Estado

Publicado em: 11/10/2017 16:30 Atualizado em: 11/10/2017 17:07

Com a saída de Nuzman, o vice Paulo Wanderley Teixeira assume o comando da entidade. Foto: Agência Estado
Com a saída de Nuzman, o vice Paulo Wanderley Teixeira assume o comando da entidade. Foto: Agência Estado

Carlos Arthur Nuzman não é mais presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Preso desde quinta-feira passada, o dirigente encaminhou carta ao comitê anunciando sua renúncia. O pedido foi lido por um de seus advogados na assembleia geral extraordinária que acontece nesta quarta, na sede do COB, no Rio.

Na carta, dirigida aos membros da Assembleia com data de 11 de outubro de 2017, Nuzman fala da necessidade em se dedicar integralmente ao pleno exercício de defesa e renuncia de modo "irrefutável e irretratável ao cargo de presidente do COB".

Ele também abriu mão de sua posição de membro honorário da Assembleia Geral e garante que vai provar sua inocência. "Venho (...) reiterar (...) a minha completa exoneração de qualquer responsabilidade pelos atos a mim injustamente imputados, os quais serão devidamente combatidos pelos meios legais adequados".

Com a saída definitiva de Nuzman, que comandava o comitê desde 1995 e tinha mandato previsto até 2020, o vice Paulo Wanderley Teixeira assume o comando da entidade. Ele presidiu a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) por 16 anos.

Nuzman foi preso durante a Operação Unfair Play, que investiga suposto esquema de compra de votos para o Rio de Janeiro ser sede da Olimpíada do ano passado. Ele está detido preventivamente na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Não há prazo para sua soltura.

Nesta quarta, enquanto dirigentes de confederações debatiam no auditório do comitê, do lado de fora um pequeno grupo de manifestantes pedia por eleições diretas no COB. Liderados pelo ex-nadadores olímpicos Luiz Lima e Djan Madruga – ambos com passagem pela secretaria de Alto-Rendimento do Ministério do Esporte –, eles querem que atletas federados tenham direito a voto nas eleições do comitê.


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