Negligência Bebê morre após médica se recusar a prestar socorro no Rio de Janeiro Outra ambulância só chegou duas horas depois da morte da criança

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 08/06/2017 10:59 Atualizado em:


Segundo a diretoria técnica da Cuidar, a médica está na empresa há dois anos e nunca teve problemas com a profissional. Foto: Internet/Reprodução
Segundo a diretoria técnica da Cuidar, a médica está na empresa há dois anos e nunca teve problemas com a profissional. Foto: Internet/Reprodução


Um bebê de 1 ano e 6 meses morreu após uma médica plantonista da Unimed negar atendimento de emergência na quarta-feira (7/6). De acordo com os pais do bebê, ela foi embora antes de prestar socorro ao bebê, que sentia fortes dores no estômago. Breno Rodrigues Duarte Silva sofria de uma doença neurológica e a outra equipe médica só chegou duas horas depois da morte da criança.

De acordo com o boletim de ocorrência que os pais da criança registraram, a solicitação de atendimento de emergência home care foi feito às 8h20 da manhã. Só cinquenta minutos depois a ambulância chegou ao condomínio da família, mas as imagens de uma câmera de segurança mostram que a médica que estava dentro do carro rasgou alguns papeis e foi embora. Breno morreu uma hora e quarenta minutos depois e apenas duas horas após o óbito da criança outra ambulância chegou ao local.

Os pais da criança denunciaram o caso de negligência, que está sendo apurado pela Polícia Civil do Rio. O pai de Breno, o empresário Felipe Antônio Duarte Silva, usou as redes sociais para se despedir do filho. “Breno, meu filho amado. Por que se foi tão rápido? Ainda tínhamos muito para viver”, disse ele em um post no Facebook. 

Em nota, a Unimed-Rio lamentou o falecimento da criança e explicou que o serviço era feito pela prestadora Cuidar e informou que tomará as medidas cabíveis. “A cooperativa tomará todas as providências para descredenciar imediatamente o prestador ‘Cuidar’, pela postura inadmissível no atendimento prestado à criança. Além disso, adotará todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis em razão da recusa de atendimento por parte do prestador de serviço”, diz a nota.

Segundo a diretoria técnica da Cuidar, a médica está na empresa há dois anos e nunca teve problemas com a profissional. A empresa também informou que convocou a comissão de ética da empresa para ouvir a profissional e tomar as providências cabíveis.


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