Violência Rebelião em presídio no RN deixou mais de 30 mortos, diz delegado Número triplicou. Em coletiva na manhã deste domingo, o secretário de Justiça, Wallber Virgolino, havia confirmado 10 mortos

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 15/01/2017 16:29 Atualizado em: 15/01/2017 16:37

Mais de 30 detentos morreram em meio à rebelião que destruiu parcialmente a Penitenciária Estadual de Alcaçuz e o Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, na região metropolitana de Natal. "Certamente há mais de 30 mortos", disse a jornalistas o delegado Otacílio de Medeiros, ao sair do centro penitenciário, o que triplicaria o balanço de mortos divulgado anteriormente.

Em entrevista coletiva à imprensa realizada neste domingo (15) pela manhã, o secretário de Estado da Justiça e da Cidadania do Rio Grande do Norte, Wallber Virgolino Ferreira da Silva, havia confirmado ao menos 10 mortos.

O secretário também havia afirmado que a rebelião não seria tão grave quanto a de Roraima, apesar de ser a maior já registrada no complexo prisional, fundado no fim da década de 1990. "É a maior rebelião em número de mortos, mas não iremos superar Roraima", disse. No dia 7 de janeiro, 31 presos foram mortos em penitenciária de Roraima.

Um indicativo de que o número de vítimas em Natal podia ser maior do que o anunciado era a estrutura montada pelo Instituto Técnico de Perícia (Itep/RN). O diretor do órgão, Marcos Brandão, confirmou que foi montada uma estrutura com capacidade para receber até 100 corpos. Um caminhão refrigerado com espaço para armazenar 50 cadáveres foi alugado para auxiliar o trabalho.

Brandão afirmou que todos os corpos passarão por necropsia. No caso dos decapitados, ele disse que serão necessárias fotos de rosto e até exames de arcada dentária para a confirmação das identidades. Tendas estão sendo armadas em frente à sede do Itep/RN para abrigar familiares dos presos mortos na rebelião. A expectativa é que os primeiros sejam transportados da Penitenciária para o Itep ainda hoje.

PCC
- Pelo menos seis homens, pertencentes à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram identificados como os responsáveis pela rebelião que destruiu parcialmente a Penitenciária Estadual de Alcaçuz e o Pavilhão Rogério Coutinho Madruga. A rebelião foi controlada no início da manhã deste domingo (15), por policiais militares e agentes penitenciários.

O secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Caio Bezerra, destacou que a ação de retomada de controle da unidade prisional foi positiva. "Os presos não reagiram e estamos avançando na contenção de todos os pavilhões", frisou. Ele também evitou falar no número de mortos, mas destacou que todas as informações serão repassadas no momento oportuno. Outra coletiva de imprensa será realizada no fim da tarde deste domingo para atualização dos dados.


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