Publicado em: 07/02/2016 07:39 Atualizado em: 07/02/2016 07:47
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| Unidos do Peruche fez uma homenagem aos 100 anos do samba, resgatando as raízes negras do ritmo. Foto: Paulo Pinto/LigaSP |
Nem mesmo a tempestade que atingiu a região do sambódromo antes do desfile atrapalhou. A Unidos do Peruche entrou sem atrasos, ao contrário da véspera, quando uma forte chuva estourou um transformador de energia e adiou a entrada das escolas em cerca de 2 horas.
Segundo a prefeitura, o público no Anhembi, no primeiro dia de desfile, chegou a 29 mil pessoas. Além da Unidos do Peruche, mais seis escolas se apresentaram neste sábado e madrugada do domingo: Império de Casa Verde, Acadêmicos do Tucuruvi, Mocidade Alegre, Vai-Vai, Dragões da Real e X9-Paulistana.
De volta ao Grupo Especial este ano, a Unidos do Peruche fez uma homenagem aos 100 anos do samba, resgatando as raízes negras do ritmo. Foram lembrados ainda grandes expoentes do gênero, como Cartola, Adoniran Barbosa, Nelson Cavaquinho, Arlindo Cruz e Chico Buarque.
A Império de Casa Verde, segunda a desfilar, mostrou as civilizações antigas e mitos de sociedades perdidas com o enredo Império dos Mistérios. A Acadêmicos do Tucuruvi trouxe a fé e o sincretismo religioso, incluído a cultura indígena, africana e católica.
A Mocidade Alegre retratou a ligação do samba com as religiões afrobrasileiras, aprensentando Xangô (justiça) e seu tambor, que ao longo da passagem da escola concede espaço para Oyá (senhora dos ventos), Oxumaré (riqueza), Omolú (senhor dos mistérios da vida e da morte) e Ogum (protetor dos guerreiros).
As campeãode 2015, a Vai-Vai, celebraram a França, lembrando os grandes nomes franceses na moda, gastronomia e pensamento mundial. A influência do país europeu no Brasil apareceu retratada nas diversas palavras de origem francesa que compõem o vocabulário nacional.
Com o tema inusitado Surpresa! Advinha o que Eu Trouxe Pra Você?, a Dragões da Real falou sobre presentes. Para encerrar, a X-9 Paulistana, falou sobre o açaí, fruto típico da Amazônia. O enredo começou com a lenda indígena sobre a descoberta da planta por uma tribo afligida (angustiada) por tempos de escassez. A história se desenvolve até o fruto ser levado como iguaria às mesas estrangeiras – dos Estados Unidos ao Japão.
