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Manifestação

Movimento Social de Luta diz que fica na sede do Incra pelo menos até esta terça-feira

MSL chegou ao local por volta das 4h desta segunda-feira e impediu a entrada de servidores por meio do bloqueio da entrada principal

Publicado: 11/01/2016 às 20:48

Após se reunir com representantes da Ouvidoria Agrária Nacional durante a tarde, os manifestantes que ocupam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília disseram que vão permanecer no local pelo menos até esta terça-feira, quando esperam receber uma resposta, por escrito, com a garantia de que suas reivindicações serão atendidas.

Provenientes do Distrito Federal (DF), de Goiás e de São Paulo, os integrantes do Movimento Social de Luta (MSL) chegaram ao local por volta das 4h desta segunda-feira e impediram a entrada de servidores por meio do bloqueio da entrada principal.

O MSL informou que 450 famílias se encontram no edifício, que teve os corredores de pelo menos 11 andares preenchidos com colchões.

As salas de trabalho não foram abertas. De manhã, a Polícia Militar (PM) do DF estimou que cerca de 150 pessoas ocupavam os arredores do prédio.

De acordo com o diretor-geral do MSL, Hugo Zaidan, a pauta de reivindicações inclui o reconhecimento da bandeira do movimento, recém-constituído como representante de um total de oito acampamentos e 4.500 famílias, assim como a retomada do fornecimento de cestas básicas nos assentamentos, a vistoria de áreas ocupadas e o cadastramento das famílias. Segundo Zaidan, ocupações similares foram registradas hoje nos estados de São Paulo e Mato Grosso.

"O pessoal da Ouvidoria [Agrária Nacional] ficou de levar nossa pauta para a diretoria do Incra. Se eles aprovarem, trazendo o documento por escrito, nós partiremos amanhã", disse Zaidan. De início, o MSL exigia reunir-se com a presidenta do Incra, Lúcia Falcão, mas flexibizou a demanda após ser informado que ela se encontra de férias. A diretora administrativa do Incra, Cleide Souza, esteve no local de manhã.

Em nota, o Incra diz que aguarda a desocupação de suas unidades nesta terça-feira para retomada de suas atividades e reitera que a liberação de suas instalações é condição essencial para discutir a pauta relativa à reforma agrária.
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