Estiagem Sobe para 114 o número de cidades mineiras em emergência por causa da seca O último município que entrou para a lista da Coordenadoria Estadual de Defesa Social (Cedec) foi Crisólita, na Região do Vale do Jequitinhonha

Por: Estado de Minas

Publicado em: 20/10/2015 09:55 Atualizado em:

Seca afeta o Rio São Francisco na Região Norte de Minas Gerais. (Foto: José Ponciano Neto/Divulgação)
Seca afeta o Rio São Francisco na Região Norte de Minas Gerais. (Foto: José Ponciano Neto/Divulgação)

O longo período de estiagem continua provocando danos para os moradores mineiros. O número de cidades que decretaram situação de emergência por causa da seca aumentou para 114 nesta terça-feira. O último município que entrou para a lista da Coordenadoria Estadual de Defesa Social (Cedec) foi Crisólita, na Região do Vale do Jequitinhonha. A justificativa para o pedido foi a falta de chuva. O decreto vale até 2 de janeiro. 

A situação mais crítica é na Região Norte de Minas Gerais. O presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), César Emílio Lopes Ferreira, afirma que a economia da região está abalada pelo efeito da estiagem. Alguns municípios estão sendo abastecidos por caminhões-pipa. Alguns veículos têm que percorrer até 150 quilômetros para atender comunidades rurais.  

A escassez hídrica prejudica o abastecimento em diferentes regiões. Pelo menos 13 municípios mineiros estão em rodízio. Nesta terça-feira, Manhuaçu, na Zona da Mata, vai assinar o decreto de Estado de Emergência. Os moradores já sofrem com o racionamento há 15 dias. O abastecimento é feito por três rios, o Rio Manhuaçu, o Manhuaçuzinho e o São Sebastião. Segundo a Prefeitura, o nível do Rio Manhuaçu está 50 centímetros abaixo do vertedouro. A administração municipal informa que se não tiver chuva e o alto consumo de água dos moradores continuar, em no máximo uma semana o abastecimento será impossível.

Nessa segunda-feira, entrou em vigor o decreto de emergência pedido pela Prefeitura de Visconde do Rio Branco, na Região da Zona da Mata. A administração municipal afirma que a falta de água potável vem causando “perdas e danos humanos, materiais, econômicos e ambientais”. Com a decisão, os moradores estão proibidos de lavar carros, calçadas, frente de imóveis, e máquinas, além de encher piscinas pelo prazo 180 dias.


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