Vídeo de mulher agredida por policial em banco de SP provoca revolta na web Claudia Vieira Moss, que tem algo semelhante a um pino no braço, foi jogada no chão por um soldado da PM

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 05/05/2015 11:44 Atualizado em:

 

“Peraí que eu vou contar até dez para não arrancar a senhora daí”. A fala é de um policial militar, minutos antes de puxar uma mulher pelo braço e jogá-la no chão de uma agência bancária. A confusão é mostrada em um vídeo publicado no Youtube, em 2 de maio. O desentendimento começou porque a mulher, identificada como Cláudia Vieira Moss, teria sido impedida de entrar na agência e não queria sair da porta giratória.

O soldado Aquino, como se identifica no vídeo, foi chamado por Moss para garantir-lhe o direito de entrar na agência do Banco do Brasil, na Vila Olímpia. A mulher, que tem algo semelhante a um pino de metal no braçoo, foi impedida de entrar na agência pelo gerente, segundo informações da Radio Família, mesmo após mostrar a bolsa algumas vezes e explicar sua situação. Não há nenhuma lei que obrigue o portador de pinos ou placas cirúrgicas a andar com documentos que comprovem sua condição.

“Eu estou lhe dando uma ordem”, gritou o policial pouco depois da agressão. Um outro policial, percebendo que o colega estava alterado, ainda tentou acalmá-lo, mas não funcionou. Alguns clientes no local ainda se manifestaram contra a ação do policial e tentaram defendê-la.

Na página Mídia Independente Coletiva no Facebook, o vídeo teve mais de 87 mil compartilhamentos. Os internautas criticam a "truculência" e "abuso de poder" do PM. Foto: Reprodução/Facebook
Na página Mídia Independente Coletiva no Facebook, o vídeo teve mais de 87 mil compartilhamentos. Os internautas criticam a "truculência" e "abuso de poder" do PM. Foto: Reprodução/Facebook
 

Apesar do vídeo viralizar apenas agora, o caso é de agosto do ano passado, segundo a Polícia Militar de São Paulo e o Banco do Brasil. Em nota, a Secretaria de Segurança do estado afirmou que a conduta do policial é “inadmissível” e que ele foi exonerado em outubro. Já a assessoria do banco se limitou a dizer que o caso “foi objeto de apuração das autoridades policiais”. 



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