Marquês de Sapucaí Pacientes de centro psiquiátrico participam de desfile das campeãs no Rio Será a quinta vez que o grupo se apresentará junto às escoladas mais bem colocadas

Publicado em: 21/02/2015 16:38 Atualizado em:

Embaixadores da Alegria no Mundo das Loucuras. Este é o enredo com que a Escola de Samba Embaixadores da Alegria, formada por pacientes atendidos pelo Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro (CPRJ), que se apresentará na noite deste sábado (21) na Marquês de Sapucaí, na abertura do desfile das campeãs, quando as seis escolas mais bem colocadas no carnaval deste ano voltam à  Passarela do Samba.

Esta é a quinta vez que a Embaixadores da Alegria se junta às principais escolas de samba do Rio de Janeiro no desfile das campeãs. A apresentação de hoje, porém, será a primeira em que os foliões desfilam com fantasias feitas por eles mesmos. Os pacientes confeccionaram mais de 100 mantos que serão usados por eles, parentes, amigos e funcionários do centro psiquiátrico.

Para o diretor do CPRJ, Francisco Sayão Lobato Filho, o enredo Embaixadores da Alegria no Mundo das Loucuras deixou todos animados. “Então, resolvemos expandir o convite também a amigos de outras unidades psiquiátricas, a fim de que participem desta grande confraternização”, disse ele.

De acordo com o o psiquiatra, a identificação com a música e o carnaval foi a principal inspiração para a produção das fantasias da Escola de Samba Embaixadores da Alegria que, neste ano, pela primeira vez, ficou sob responsabilidade dos pacientes atendidos na unidade psiquiátrica. “Desde dezembro, as fantasias estavam sendo produzidas na própria oficina da unidade.”

A Secretaria Estadual de Saúde ressalta que a proposta da Embaixadores da Alegria é exatamente unir todas as pessoas, com foco nas diversas deficiências. Formada em 2006, a escola de samba foi ganhando espaço e se consolidando na abertura do desfile das campeãs. “Hoje, conta com 1800 componentes, divididos em diversas alas, comissão de frente e até carros alegóricos.”

O CPRJ recebeu, para a confecção das fantasias, doações de muitos retalhos de tecidos, principalmente brilhantes. “Separamos alguns para as fantasias da comissão de frente, e deixamos os demais para que cada paciente escolhesse e montasse a própria roupa. A empolgação foi tanta na produção que estendemos a confecção de adereços de cabeças e bolsas para os integrantes levarem garrafinhas de água”, contou Paul Davies, um dos fundadores e atual presidente da Embaixadores da Alegria.


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