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Relatório de acusação

EUA e aliados acusam Rússia e Coreia do Norte de violarem sanções da ONU

As acusações constam do primeiro relatório desde que EUA e aliados se uniram para fiscalizar as sanções contra a Coreia do Norte

Isabel Alvarez

Publicado: 30/05/2025 às 12:40

Presidente dos EUA, Donald Trump/Foto: Jim WATSON / AFP

Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Jim WATSON / AFP)

Os Estados Unidos e dez aliados afirmaram que a cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte viola as sanções da Organização das Nações Unidas. “Ambos se envolveram em inúmeras atividades ilegais proibidas por resoluções da ONU, que contribuíram ainda para a capacidade das forças russas intensificarem os ataques com mísseis contra cidades ucranianas, incluindo os direcionados as infraestruturas civis críticas”, denunciaram os países.

As acusações constam do primeiro relatório desde que os países se uniram para fiscalizar as sanções contra a Coreia do Norte. O documento foi realizado pela Equipe Multilateral de Monitorização de Sanções, formada pelos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Canadá, Japão, Austrália Nova Zelândia e Coreia do Sul.

A produção do relatório começou a ser planejada e elaborado após a Rússia ter vetado uma resolução, no ano passado, de manter a monitorização por um painel de especialistas do Conselho de Segurança da ONU, um grupo que emitia relatórios sobre violações das sanções por Pyongyang desde 2010.

Já o documento da Equipe Multilateral de Monitorização de Sanções comprova que o governo de Pyongyang transferiu armas, artilharias, mísseis balísticos e veículos de combate via marítima, aérea e ferroviária para o uso de Moscou na guerra contra a Ucrânia. Enquanto isso, a Rússia destinou sistemas de defesa aérea para a Coreia do Norte, além das forças russas treinaram tropas norte-coreanas destacadas para apoiar a guerra na Ucrânia, segundo a equipe.

Mas, a Rússia ainda forneceu produtos petrolíferos refinados à Coreia do Norte, excedendo em muito o limite anual previsto nas sanções estabelecidas pela ONU, e mantiveram relações entre bancos, numa violação as medidas impostas.

“A cooperação bilateral proporcionou à Pyongyang recursos para financiar programas militares e de mísseis balísticos proibidos e permitiu aos mais de 11 mil soldados norte-coreanos destacados juntos de tropas russas desde outubro adquirirem experiência de combate”, indica o relatório.

O relatório divulgado se refere especificamente ao período entre 1 de janeiro de 2024 e 30 de abril de 2025 e aponta provas de que a Rússia e a Coreia do Norte pretendem aprofundar ainda mais a colaboração militar.

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