Revolução Pernambucana de 1817 | Fotos Diario de Pernambuco

Revolução Pernambucana de 1817

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JANEIRO - O espaço urbano em diálogo com o tempo está na base do trabalho deste artista paraibano radicado no Recife. Com formação em Artes Plásticas e Design, Jeims Duarte explora em seus desenhos uma visão crítica da história da cidade. Aqui, ele retrata a antiga loja maçônica Conciliação, de 1859, ainda de pé no bairro da Boa Vista. Foi no Aerópago de Itambé, em 1796, onde os maçons planejaram a revolução. - — Foto:

FEVEREIRO - Artista visual, designer e escritor, Helder Ferrer, recifense-paulistano, carrega o imaginário nordestino e a estética da xilogravura, que ganham particularidades pelas suas mãos. Podemos ver isso neste desenho, no qual interpreta o episódio-estopim da Revolução, quando o capitão José de Barros Lima, o Leão Coroado, rejeitou a voz de prisão, matando o brigadeiro português Manoel Barbosa. - — Foto:

MARÇO - A Revolução começa no dia 6 de março. Tropas locais cercam o Forte do Brum, no Recife, onde o governador se abrigava. Estava armado do cerco contra a Coroa. Aqui, o artista Daaniel Araújo cria uma pintura de tons realistas, revelando em ocre, azul e branco o espírito revolucionário pernambucano em 1817. Conhecido por suas obras figurativas, Daaniel é um artista múltiplo. - — Foto:

ABRIL - Além das lutas corpo a corpo, os revolucionários de 1817 se organizaram e promoveram a eleição do Governo Provisório de Pernambuco, tido como o primeiro do país. Bruno Vilela, um dos talentos da pintura recifense contemporânea, vale-se deste fato para dar uma interpretação sombria ao episódio, nesta obra de silhuetas e tons negros feitos a carvão, nanquim e carbono sobre papel. - — Foto:

MAIO - Principal ícone do Estado, a bandeira de Pernambuco é filha de 1817. Aqui, o jovem artista recifense Beto Viana narra visualmente a bênção pública deste símbolo, em cena que reúne elementos-chave, como o povo, o arco-íris, a cruz e um tecido azul e branco flamejante, à espera do ''grande encontro''. A bandeira, contudo, só seria oficializada quase um século depois. - — Foto:

JUNHO - Nesta pintura, Plínio Palhano, artista da geração 1970, faz uma alusão a um dos eventos que marcaram 1817: o casamento entre Domingos José Martins, comerciante brasileiro e governador provisório, e Maria Teodora, filha de português rico. A Revolução derrubou o amor clandestino e uniu os dois oficialmente até a tragédia anunciada desta história. - — Foto:

JULHO - A liberação dos maracatus foi um dos fatos marcantes de 1817. Os negros puderam, enfim, expressar sua cultura, batucar nas ruas e arrastar o povo que, mesmo por um instante, podia agora festejar sem medo. A pintora, escultora, desenhista e arte-educadora pernambucana Jéssica Martins registra aqui em sua pintura figurativa, este momento de festa e libertação. - — Foto:

AGOSTO - Alguns tiros e um dos líderes de 1817 caiu no chão. Padre Roma viajava pelas capitanias do Norte, a fim de espalhar os ideais republicanos, quando foi preso na Bahia e condenado à morte. Neste desenho, a jovem artista Gio Simões trabalha a simbologia deste fuzilamento histórico. A artista é conhecida por pintar mulheres, geralmente numa estética urbana, pop, pin-up. - — Foto:

SETEMBRO - Depois da Revolução, a reação. A Marinha Portuguesa bloqueou o Porto do Recife, numa estratégia de impedir o fornecimento de alimentos de base à população local, como charque e farinha. Nesta imagem colorida, o pintor Roberto Ploeg - holandês radicado em nossas terras desde 1979 - ressalta o casario do porto com navios lusitanos ao fundo no momento do bloqueio. - — Foto:

OUTUBRO - A vida parecia calma no interior de Pernambuco. Na zona canavieira, o Engenho Trapiche vivia sua rotina. Mas seria nele, localizado na Mata Sul do Estado, que aconteceria uma das batalhas cruciais de 1817, responsável por contribuir para a derrocada dos republicanos pelo exércio português. Aqui, o pintor recifense George Barbosa tece as cores desse lugar, hoje em ruínas. - — Foto:

NOVEMBRO - O carvão a punho do exímio desenhista pernambucano Renato Valle faz surgir uma das cenas trágicas de 1817: o suicídio do padre João Ribeiro. O cerco havia se fechado, as figuras que lutavam pela independência da colônia portuguesa iam aos poucos sendo aplacadas. Esta imagem fala por si, remetendo-nos diretamente ao clima sombrio e cinzento daquele momento. - — Foto:

DEZEMBRO - Os principais líderes de 1817, Leão Coroado, Vigário Tenório e Domingos Teotônio são enforcados no antigo Campo do Erário, rebatizado para Campo da Honra e, depois, Praça da República. Foi o fim de um projeto, mas o espírito libertário permanece até hoje em cada pernambucano. Este ímpeto é aqui bem sintetizado pelo pintor Rinaldo Silva. - — Foto:

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