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Eleições no Sport: quem é Paulo Bivar, candidato da chapa "Sport Eterno"

A chapa leva a cédula de número 10 na eleição suplementar que acontece na segunda-feira (15)

Por Gabriel Farias

Paulo Bivar, candidato à presidência do Sport pela Chapa 10 "Sport Eterno – Mudança para Vencer"

Após apresentar Matheus Souto Maior e Branquinho, o Diario de Pernambuco agora traz o perfil de Paulo Bivar, da chapa "Sport Eterno – Mudança para Vencer', número 10, terceiro candidato à presidência do Sport para as eleições suplementares do clube. O pleito que definirá o mandatário para o restante do biênio 2025-2026 acontece na próxima segunda-feira (15), das 8h às 18h, na sede social da Ilha do Retiro.

A chapa foi oficialmente lançada no dia 2 de dezembro, sendo a primeira a registrar candidatura no Conselho Deliberativo. Formada por Paulo Bivar para presidente e por Manolo Veloso, ex-vice-presidente jurídico entre 2020 e 2021, como vice, a composição resgata figuras que estiveram ligadas à última gestão de Milton Bivar no clube rubro-negro.

A candidatura de Paulo, filho de Milton Bivar, surge ligada com a história familiar com o Sport, mas também em uma proposta que promete modernização, auditoria e aumento da participação de profissionais com experiência de mercado.

Quem é Paulo Bivar

Paulo, 45 anos, é filho do ex-presidente campeão e nome de forte influência na história recente do Leão. Para estruturar o departamento de futebol, a chapa reuniu Augusto Caldas e Tiago Petribu, profissionais que trabalharam diretamente no setor durante a gestão de Milton. O modelo, segundo o grupo, funcionará de forma colegiada, com decisões compartilhadas.

A proposta central da chapa parte de um discurso de reordenamento interno: promover um Sport sustentável, competitivo e administrado com práticas “profissionais, modernas e transparentes”. Um dos compromissos é auditar e investigar contas, "passando o clube a limpo" após um ano marcado por crise financeira, queda à Série B e instabilidade política.

Formado em Administração pela UNICAP-PE, Paulo acumula mais de duas décadas de experiência na gestão de talentos, liderança corporativa e performance de executivos. Trabalhou em empresas como Nike e Diageo e hoje atua como investidor e advisor de fundos de venture capital, além de manter sua própria consultoria.

Residindo em São Paulo há pouco mais de 18 anos, entre idas e vindas ao longo da carreira, ele afirma ter se consolidado na área de gestão estratégica de pessoas, contratação e desenvolvimento de executivos para empresas de diferentes segmentos.

Compromisso com o Sport e Recife

Entre as críticas que surgiram após o anúncio de sua candidatura, uma das principais envolveu a hipótese de que Paulo realizaria um mandato "híbrido", dividido entre São Paulo e Recife. O candidato, porém, fez questão de reforçar que sua atuação será fixa na capital pernambucana:

"Eu sempre tive o sonho de ser presidente do Sport. Posso dizer que me preparei ao longo da minha vida. Sempre me interessei muito não só pelo futebol, mas pelas gestões do clube, pelas gestões do meu pai. Então, quando a gente soube que teria as eleições diretas, nos organizamos como grupo, fizemos os últimos ajustes e comunicamos ao mercado e à torcida, de maneira geral, que estávamos nos colocando como mais uma opção."

Ele reforça que o centro de comando de sua gestão será o Recife, e que o clube terá dedicação integral.

Finanças e a discussão sobre a venda de Zé Lucas

Em um Sport rebaixado e sob forte impacto na receita, uma das discussões mais sensíveis é a possível venda de Zé Lucas, uma das maiores joias da base leonina.

A chapa de Paulo Bivar, porém, defende que a negociação do jovem não deve ser tratada como solução imediata ou inevitável. Para o candidato, Zé Lucas também é um ativo esportivo valioso, capaz de liderar o time na Série B. Paulo explica que existem alternativas para recuperar o fôlego financeiro:

"Patrocínio, liga… existem produtos financeiros mais avançados como solução para um clube do tamanho do Sport neste cenário de rebaixamento, com uma redução de receita muito grande. Isso não é exclusivo do Sport. Li uma matéria sobre as reduções de Fortaleza, Ceará… é normal para todo clube rebaixado. Não é a dor da humilhação ou a pancada da derrota, é pancada em termos de orçamento e receita. A gente já tem ferramentas e produtos que podem dar um fôlego para nós, para que não precisemos sair nesse desespero de vender Zé Lucas."

Com isso, o candidato afirma que a prioridade é reconstruir o equilíbrio financeiro sem comprometer o potencial esportivo de longo prazo do elenco.

Investimento no futebol

O ponto de partida do seu projeto está na compreensão de que o acesso em 2026 é obrigação para o clube. Uma folha encorpada do futebol surge como uma urgência no primeiro semestre. Corres riscos e ficar mais um ano na Segunda Divisão seria um fracasso para a gestão, comenta Paulo. 

A estratégia apresentada pelo candidato prevê um planejamento escalonado: uma folha inicial mais robusta nos primeiros meses, com espaço para reforços pontuais a partir do meio da temporada.