"Grande palhaçada", dispara diretor do Sport contra arbitragem após empate com o Fluminense
Enrico Ambrogini critica Raphael Claus e relembra outros episódios polêmicos no Brasileirão; clube busca reunião com a CBF
O empate em 2 a 2 entre Sport e Fluminense, nesta quarta-feira (1), na Ilha do Retiro, pela 26ª rodada da Série A, não ficou marcado apenas pelo placar definido nos últimos lances da partida. A atuação da arbitragem de Raphael Claus (Fifa/SP) e do VAR gerou forte revolta no Sport. Após o apito final, o diretor geral de futebol rubro-negro, Enrico Ambrogini, concedeu coletiva à imprensa e fez um pronunciamento em tom de desabafo contra as decisões tomadas no confronto.
O dirigente relembrou lances do jogo em que o Sport se sentiu prejudicado, como uma expulsão não aplicada ao zagueiro Ignacio, do Fluminense, ainda no primeiro tempo, e o pênalti marcado em John Kennedy, já na segunda etapa, após revisão do VAR.
Ambrogini destacou que não foi a primeira vez que o clube pernambucano se viu envolvido em polêmicas de arbitragem neste Brasileirão, citando confrontos contra Palmeiras, Vasco e São Paulo. Segundo ele, a situação ultrapassou os limites da normalidade.
"Infelizmente, é triste eu ter que estar aqui hoje porque parece que a gente se sente palhaço, essa é a grande verdade. Parece uma grande palhaçada. Primeiro porque isso tem acontecido de forma recorrente aqui dentro, um grande absurdo. E quem tem que vir dar a cara e falar somos sempre nós. Eu não vejo ninguém lá, que ostenta escudinho da Fifa e tudo, vir aqui dar a cara. Então, é revoltante, essa é a grande palavra. O Rodrigo Cintra, que está comandando bem a Comissão de Arbitragem, que é super educado e respeitoso conosco, tem que tomar alguma providência", iniciou o dirigente rubro-negro.
O que acontece aqui nos faz começar a suspeitar de outras coisas. Tem gente que fica preocupada quando falamos de arbitragem, com medo disso depois virar contra nós, mas temos que vir aqui falar do escândalo que tem acontecido. Isso não pode ser aceitável. Vamos lá: Palmeiras aqui, Vasco lá, São Paulo lá, enfim. Hoje, na questão do cartão vermelho (falta de Ignacio em Barletta), sabe o que nos foi falado? Que foi sem querer. A análise do VAR mostrou acima do tornozelo, que é o indicativo de expulsão, o que já foi falado duzentas vezes para nós nas reuniões de arbitragem. Por que não vêm aqui falar que foi sem querer?", seguiu o pronunciamento de Ambrogini.
Além do desabafo, o dirigente também revelou que irá à sede da CBF nesta sexta-feira (3) para se reunir e cobrar providências sobre os episódios recorrentes que, segundo ele, vêm prejudicando o Sport no Campeonato Brasileiro.
"Olha só que coincidência. Quem era para ter tomado cartão vermelho sofre o pênalti aqui, que é super duvidoso, porque no campo, pela leitura labial, era falta em Pablo. No mínimo, discutível, e deveria ir para o VAR. Essa é a necessidade de estar aqui sentado, infelizmente, dando a cara nesse momento, porque nós representamos quatro milhões de torcedores, torcedores que fizeram uma baita festa aqui dentro. Na chuva, tinham quase 15 mil pessoas. Esse é o meu grande desabafo, e a gente espera que alguém apareça para dar a cara, falar. Porque é muito fácil fazer o que fez aqui e, três jogos depois, estar lá apitando de novo. Esse é o meu desabafo", finalizou.
Mesmo com toda a polêmica, o Sport conseguiu arrancar um empate no último lance, aos 51 minutos do segundo tempo, com Luan Cândido. Antes, Lucas Lima havia marcado o primeiro gol leonino, enquanto Lucho Acosta e John Kennedy balançaram as redes para o Fluminense. O resultado, no entanto, ainda deixa o time pernambucano na lanterna da Série A, com 15 pontos, em situação dramática na luta contra o rebaixamento. O Leão volta a campo no próximo domingo (5), às 20h30, contra o Cruzeiro, no Mineirão.