Técnico do Santa Cruz pede desculpa a torcida e cobra elenco após derrota
Técnico do Santa Cruz admite pior atuação e promete mudanças
O técnico Marcelo Cabo não poupou palavras após a derrota do Santa Cruz para o Horizonte-CE, por 2 a 0, neste domingo (20), pela Série D. Em entrevista coletiva marcada por sinceridade e tom crítico, o comandante coral pediu desculpas à torcida, classificou a atuação como a pior sob sua gestão e revelou uma reunião tensa com o elenco no vestiário.
“Primeiro, eu quero começar minha entrevista pedindo desculpa ao nosso torcedor. Hoje, nós fomos inoperantes e ineficientes, sem sombra de dúvida, a pior partida do Santa Cruz sob meu comando”, afirmou Cabo, visivelmente abalado. “Foi um jogo para esquecer. Mas a gente não vai esquecer. Vamos olhar para essa cicatriz e fazer dela um divisor de águas.”
A derrota agravou ainda mais o momento delicado da Cobra Coral no segundo turno da competição. Se no primeiro turno o Santa Cruz chegou a empolgar a torcida com boas atuações e resultados consistentes, o desempenho atual preocupa. A equipe acumula tropeços e queda de rendimento, o que levou o treinador a reconhecer que mudanças são necessárias.
Reunião tensa no vestiário
Marcelo Cabo também relatou um momento de cobrança intensa nos bastidores. Segundo o treinador, a comissão técnica e os jogadores ficaram reunidos por mais de 30 minutos no vestiário logo após o apito final. “Foi um vestiário de lavagem de roupa suja, de cobrança. É meu dever como comandante. O que aconteceu hoje é inadmissível”, declarou. “Precisamos entender por que o Santa Cruz foi um no primeiro turno e está sendo outro agora. A comissão técnica é a mesma, os jogadores são os mesmos. Algo precisa mudar.”
“Chegamos ao limite”
Por fim, Cabo fez questão de reforçar que o atual momento exige medidas drásticas para evitar um desfecho ainda mais negativo na temporada. “Chegamos ao limite. O segundo turno é muito ruim. Eu sempre dizia que a gente estava oscilando, com momentos bons. Mas hoje, certificamos uma queda de produção grande. Temos que recalcular a rota”, concluiu.