Haddad diz que ainda não há dimensão sobre o impacto real dos prejuízos com INSS
Ministro reforçou determinação de Lula para ressarcir prejudicados com fraude e que haverá uma reunião para tratar sobre o assunto assim que número de impactados for divulgado
Raphael Pati - Correio Braziliense
Publicado: 15/05/2025 às 19:30

''Obviamente, que o Estado brasileiro tem que mediar isso para que as pessoas não sejam prejudicadas. Mas não temos ainda dimensão'', reforçou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad/Fernando Frazão/Agência Brasil
Enquanto o Ministério da Previdência e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) busca identificar a origem das fraudes e o número de beneficiários impactados com descontos indevidos de pensões e aposentadorias, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (15/5) que o governo aguarda os dados para iniciar o ressarcimento dos prejudicados.
“Nós temos que esperar para saber qual, efetivamente, é o problema e o que não vai poder ser ressarcido com recursos das próprias associações, porque já há pedido de bloqueio de bens, há uma série de questões, que quem fraudou tem que pagar. Obviamente, que o Estado brasileiro tem que mediar isso para que as pessoas não sejam prejudicadas. Mas não temos ainda dimensão”, disse Haddad.
O ministro frisou que tanto a Previdência quanto o INSS estão trabalhando para apurar e levar ao presidente e à área econômica, a real situação sobre os desvios de mensalidades no INSS, que teriam superado R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, de acordo com estimativa da Polícia Federal (PF).
“A determinação do presidente é que as pessoas prejudicadas sejam ressarcidas. Mas para isso, a gente precisa saber quem, de fato, não autorizou, quanto a pessoa foi descontada sem autorização”, afirmou o titular da pasta, que ainda destacou que haverá uma reunião sobre o assunto para endereçar o problema “da forma mais rápida possível”, assim que as investigações chegarem a um número final sobre os impactados.
Até esta quarta-feira (14/5), o INSS recebeu mais de 480 mil respostas de aposentados e pensionistas que tiveram descontos nos benefícios. Nesse contexto, cerca de 98,6% dos que responderam ao instituto, alegaram que não possuem vínculo com a organização associativa. A informação foi divulgada pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior.
Confira as informações no Correio Braziliense.

