Governo estuda uso de recursos públicos para ressarcir vítima de fraude, diz presidente do INSS
A devolução do dinheiro ainda não tem prazo definido e depende de uma decisão judicial
Publicado: 13/05/2025 às 17:29

Gilberto Waller, presidente do INSS/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta terça-feira, 13, que o governo federal estuda se utilizará recursos públicos para ressarcir as vítimas do esquema fraudulento de descontos indevidos. Segundo ele, a devolução do dinheiro aos aposentados e pensionistas não tem prazo definido e depende de uma decisão judicial. As declarações ocorreram em entrevista à Globonews.
Waller disse que o governo já acionou a justiça para o bloqueio dos bens das associações. "A gente precisa saber qual o valor do prejuízo. É R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões?", questionou. "Nós estamos comprometidos a ressarcir de maneira rápida e a gente depende agora de uma decisão judicial."
Segundo o presidente do INSS, o que a Advocacia-Geral da União (AGU) vem pedindo é bloqueio desses bens e a "possibilidade de venda imediata para utilizar" no ressarcimento das vítimas. "Quando a gente souber do montante, a gente vai verificar se aquele valor aprendido, bloqueado, é o suficiente. E daí vai um passo adiante: vamos adiantar esse dinheiro e depois ressarcir o orçamento utilizado? Isso está sendo discutido."
Ao responder se haveria um prazo predefinido para o governo ressarcir, Waller disse que não, "porque a gente precisa levantar em perspectiva qual é esse valor, o quanto a gente vai ter de gasto".

