COLUNA

Dívida bruta sobe para 75% do PIB

Déficit nominal se aproxima de R$ 1 trilhão em 12 meses
Por: Ecio Costa

Publicado em: 11/03/2024 09:59 | Atualizado em: 11/03/2024 10:20

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
O governo federal teve uma elevação de quase 4 pontos percentuais em 1 ano, passando de 71,7% em dezembro de 2022 para 75% em janeiro desse ano, e atingindo R$ 8,2 trilhões. O Déficit nominal se aproxima de R$ 1 trilhão em 12 meses. Governos central e regionais registraram superávits e as estatais, déficit.

O resultado primário do setor público consolidado foi superavitário em R$ 102,1 bilhões em janeiro de 2024, ante superávit de R$ 99,0 bilhões no mesmo mês de 2023. O Governo Central e os governos regionais registraram superávits respectivos de R$ 81,3 bilhões e de R$ 22,5 bilhões, e as empresas estatais, déficit de R$ 1,7 bilhão.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi superavitário em R$ 22,2 bilhões em janeiro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 991,9 bilhões (9,06% do PIB), ante déficit nominal de R$ 967,4 bilhões (8,90% do PIB) em dezembro de 2023.

A Dívida Pública atingiu 75,0% do PIB (R$ 8,2 trilhões) em janeiro de 2024, aumento de 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Atingiu o maior patamar desde julho de 2022, quando estava em 75,23%. Após atingir seu valor máximo em 2020 (87% do PIB), ano da pandemia, a dívida pública iniciou trajetória de queda, encerrando em 71,7% do PIB em dezembro de 2022.

De lá para cá, o endividamento só cresceu, passando para 74,3% do PIB em dezembro de 2023 e agora, 75%. O reequilíbrio das contas públicas é importante para evitar uma disparada da dívida brasileira – indicador que é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco.

Mesmo com um resultado das contas públicas um pouco melhor no começo deste ano, será difícil para o governo federal atingir a meta de zerar o déficit em suas contas em 2024. Em um cenário de desaceleração da economia, a Fazenda terá dificuldades em promover o forte aumento da arrecadação esperado para atingir o valor proposto no orçamento deste ano.

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