COLUNA

Programa Morar Bem aumentará PIB de PE em 1,79%

Estudo desenvolvido para a ADEMI-PE também aponta 59.393 empregos gerados de forma direta e indireta e uma arrecadação acima de R$ 300 milhões
Por: Ecio Costa

Publicado em: 29/01/2024 10:12

O Programa Morar Bem do Governo de Pernambuco vai trazer impactos no PIB, Geração de Empregos e Arrecadação. O estudo que desenvolvi para a ADEMI-PE apontou um impacto relevante de 1,79% sobre o PIB anual, 59.393 empregos gerados de forma direta e indireta e uma arrecadação acima de R$ 300 milhões.

O estudo leva em consideração os recursos que são disponibilizados do FGTS para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Em 2022, por exemplo, o estado de Pernambuco utilizou somente 77% dos recursos que foram disponibilizados pelo FGTS. Essa subutilização tem mostrado como o programa MCMV não tem conseguido atingir seu público-alvo.

Então, olhando a experiência desse tipo de programa do Morar Bem em outros estados e como pode repercutir na economia e no setor, foi estimada uma ampliação do número de imóveis financiados que, por si só, já tem um efeito multiplicador, onde os R$ 200 milhões financiariam a entrada de imóveis que teriam um valor de R$ 190 mil, dando um total de 9.316 unidades a mais por ano.

Ao multiplicar esse quantitativo no Valor Geral de Vendas (VGV) desses imóveis na economia pernambucana, gera um efeito considerável sobre o PIB e sobre o emprego. O efeito é multiplicado, fazendo com que a economia cresça mais, com um incremento estimado de 1,79% no PIB em um ano e gerando 59.393 empregos diretos e indiretos na economia. 

O que significa dizer que o Programa Morar Bem vai impulsionar o setor de construção civil diretamente, mas como ele é muito interligado com todos os outros setores da economia, termina puxando esses outros setores que fornecem insumos e serviços para o setor de construção civil, não só na região metropolitana, mas em todo o estado. 

Adotando o impacto multiplicado do Programa Minha Casa Minha Vida no estudo, é possível apontar, com o auxílio da análise de insumo-produto, os setores mais puxados, como o comércio, as atividades imobiliárias, os serviços prestados às famílias; e, a própria construção civil dentro os setores mais impactados.

O estudo aponta que o incremento no PIB será de R$ 1,67 bilhão, o que pode gerar um ICMS aproximado de mais de R$ 300 milhões, sendo um valor de retorno acima do valor inicial de investimento do Programa Morar Bem, de R$ 200 milhões. Isso acontece por conta do efeito multiplicador na economia e do impulso dado pelo VGV com o FGTS no MCMV.

Além da estimativa de retorno do ICMS em cima do montante adicional de PIB da economia, há impostos federais que são recolhidos, também. Estes são repassados para o governo federal e retornam para o Estado e municípios através dos programas federais, o que pode incrementar ainda mais a disponibilização de recursos para o Estado.

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