COLUNA

Dívida pública federal bate recorde

Aumento da dívida em um mês foi de R$ 153,11 bilhões, segundo o Tesouro Nacional
Por: Ecio Costa

Publicado em: 01/01/2024 14:19

O valor da dívida pública federal bateu recorde, atingindo R$ 6,33 trilhões em novembro. O valor veio junto com a divulgação do Tesouro Nacional que o Governo central teve um déficit primário de R$ 39,4 bi em novembro, o segundo maior para o mês em termos reais em toda a série histórica. Nos 12 meses até novembro, o déficit acumulado é de R$ 109,7 bilhões.

O aumento da dívida em um mês foi de R$ 153,11 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. O estoque da dívida inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior. Em outubro, o passivo havia alcançado R$ 6,17 trilhões. Em agosto, a dívida havia chegado em R$ 6,27 trilhões e era, até então, o recorde da série histórica.

Os dados mais recentes da dívida pública percentual em relação ao PIB são de outubro e apontam um crescimento para 74,7%, segundo o Banco Central. A relação chegou ao seu ponto mais alto da série histórica em 2020, com 86,9%, por conta da pandemia, mas encerrou 2022 em 72,9%, abaixo do nível atual.

No acumulado de 12 meses até novembro, o governo central teve déficit de R$ 109,7 bilhões, o equivalente a 1,05% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados levam em conta Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC) e excluem despesas com a dívida pública.

No acumulado de 2023, por sua vez, o governo central registrou déficit de R$ 114,63 bilhões. A meta de resultado primário para este ano é de déficit de até R$ 231,5 bilhões, mas os Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento projetam um resultado negativo de R$ 203,4 bilhões.

A receita líquida do governo registrou alta real de 4,2% em novembro, comparado com 2022, somando R$ 136,92 bilhões. Enquanto isso, as despesas totais subiram 20% na mesma comparação, alcançando R$ 176,31 bilhões. No acumulado do ano, a receita líquida foi de R$ 1,73 trilhão (queda de 2,8%), enquanto as despesas totais somaram R$ 1,85 trilhão (crescimento de 6,9%).

O esforço arrecadatório do Ministério da Fazenda aparenta não estar sendo efetivo já que houve queda na receita e o Governo tem aumentado consideravelmente as despesas, sem perspectivas de redução no ano que vem. Essa tendência, em se mantendo em 2024, tornará muito difícil atingir a meta de déficit zero.

Você acha que o Governo conseguirá atingir a meta de zerar o déficit em 2024?

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