COLUNA

Balança Comercial Brasileira bate recorde em 2023

As exportações cresceram 1,7% em relação a 2022, enquanto as importações caíram 11,7% no mesmo período
Por: Ecio Costa

Publicado em: 08/01/2024 09:52

O saldo da Balança Comercial do Brasil atingiu recorde em 2023, chegando a US$ 98,8 Bilhões, um crescimento de 60,6% em relação a 2022. As exportações cresceram 1,7% em relação a 2022, enquanto as importações caíram 11,7% no mesmo período, sendo a principal responsável pelo recorde. A corrente de comércio teve queda de 4,3% por conta da forte queda das importações.

No mês de dezembro de 2023 as exportações somaram US$ 28,839 bilhões e as importações, US$ 19,479 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,36 bilhões e corrente de comércio de US$ 48,318 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 339,673 bilhões e as importações, US$ 240,835 bilhões, com saldo positivo de US$ 98,838 bilhões e corrente de comércio de US$ 580,507 bilhões.

Os principais destinos das exportações brasileiras em 2023, com as respectivas variações em relação a 2022, foram os seguintes:
 
  1. China, Hong Kong e Macau: US$ 105,6 bilhões (+16,5%).
  2. União Europeia: US$ 46,3 bilhões (-9,1%).
  3. Estados Unidos: US$ 36,7 bilhões (-1,5%).
  4. Argentina: US$ 16,7 bilhões ( 8,9%).

Os principais destaques por produtos em 2023 foram os seguintes:
 
  • Soja teve crescimento de 14,4%, atingindo US$ 53,4 bilhões. 
  • Minério de ferro teve alta de 5,5%, com US$ 30,5 bilhões. 
  • Petróleo bruto e óleo de minerais betuminosos somaram US$ 42,5 bilhões, o que representou estabilidade. 
  • Açúcares e melaços atingiram US$ 15,8 bilhões, crescimento de 42,9%.

As commodities agrícolas e minerais representam a maior parte das exportações brasileiras para a China, como principal comprador, mas não se deve deixar de mencionar a relevância da União Europeia, EUA e Argentina como compradores de commodities, mas também de produtos industrializados.

A corrente de comércio caiu em 2023 na comparação com 2022, mostrando que as importações recuaram no ano, por conta da queda dos preços internacionais das commodities, mas também devido a um menor dinamismo da economia brasileira no período. As exportações cresceram pouco em relação à 2022, influenciadas também pela queda nos preços internacionais das commodities.

Para 2024, o desafio de bater esse recorde de saldo comercial será maior. As economias dos principais compradores de produtos brasileiros estão desacelerando, principalmente China e Argentina, que teve mudança recente de presidente e passa por uma profunda mudança econômica, afetando o comércio exterior no curto prazo. As economias dos EUA e da União Europeia, por sua vez, têm aumentado suas taxas de juros para combater a inflação, o que traz um impacto de diminuição no consumo, mas sentido nas economias europeias que americana.

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