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3h da manhã: culpa e insônia, segundo a neurociência

De acordo com Greg Murray, psicólogo clínico e um dos maiores especialistas em sono do mundo, acordar nesse horário tem explicação biológica


 

Acordar às 3 da manhã com a mente acelerada, tomada por lembranças incômodas e pensamentos autocríticos, não é sinal de desequilíbrio, mas o cérebro funcionando em um de seus momentos mais vulneráveis. De acordo com Greg Murray, psicólogo clínico e um dos maiores especialistas em sono do mundo, esse fenômeno tem explicação biológica.

 

Por volta das 3h, o corpo humano atinge o ponto mais baixo do seu ciclo circadiano. É quando a temperatura corporal, o metabolismo e os níveis de serotonina, neurotransmissor ligado ao bem-estar, estão reduzidos. Sem a proteção neuroquímica habitual, o cérebro fica mais suscetível a interpretações negativas e distorcidas da realidade. Assim, o autocontrole racional se dissolve e abre espaço para o pensamento punitivo. 

 

Esse também é o horário em que o sistema nervoso simpático pode ser ativado por pequenos estímulos internos, como uma preocupação vaga ou uma sensação corporal desconfortável. Sem luz, sem distrações e com os filtros emocionais enfraquecidos, a mente entra em modo de sobrevivência: relembra erros, teme o futuro, dramatiza o que poderia ser pequeno à luz do dia.

 

Portanto, não é recomendável tomar decisões às 3 da manhã, pois é como enxergar o mundo através de um vidro embaçado, ou seja, tudo parece pior do que realmente é, segundo Murray. A recomendação é se levantar suavemente, manter um ambiente tranquilo, evitar telas e se lembrar que esse estado é passageiro.

 

MULHERES SÃO MAIORIA ENTRE MÉDICOS NO BRASIL

 


 

Pela primeira vez na história, as mulheres se tornaram maioria entre os médicos no Brasil. Segundo dados recentes, elas já representam mais de 51% da classe e a projeção é que, em menos de uma década, o país ultrapasse a marca de 1 milhão de profissionais formados em medicina, com ampla predominância feminina.

 

A conquista, no entanto, caminha ao lado de um cenário desigual. O estudo mostra que a distribuição desses profissionais ainda é concentrada nas regiões mais ricas, especialmente no Sudeste, e no setor privado. Municípios pequenos e áreas remotas seguem enfrentando escassez de médicos, evidenciando um abismo entre formação e acesso.

 

A feminização da medicina reflete mudanças sociais e educacionais profundas. No entanto, muitas médicas ainda enfrentam jornadas duplas, estigmas de autoridade e menor presença nos cargos de gestão. A entrada das mulheres tem sido veloz, mas o avanço no poder de decisão e na equidade regional ainda precisa de estímulo institucional.

 

A tendência é clara: as mulheres estão redesenhando o mapa da saúde no Brasil. Cabe agora ao sistema garantir que elas possam exercer essa liderança com justiça territorial e respeito profissional. 

  

STF GARANTE APOSENTADORIA ESPECIAL PARA MULHERES POLICIAIS 

 


 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que mulheres policiais têm direito à aposentadoria com critérios diferenciados, mesmo após a reforma da Previdência de 2019. A decisão reafirma a validade da regra prevista na Lei Complementar 51/1985, que permite que elas se aposentem com 25 anos de contribuição e 15 de atividade policial, independente da idade mínima imposta pela reforma.

 

A Corte reconheceu que a atividade policial é de risco elevado e que as mulheres enfrentam dupla carga: a pressão da profissão e as exigências sociais sobre o cuidado familiar. Equiparar suas regras às dos homens seria ignorar essas desigualdades.

 

A decisão abrange policiais civis, federais e outras categorias com função típica de segurança pública. Com isso, o STF estabelece um marco de justiça previdenciária com recorte de gênero, protegendo o direito adquirido de centenas de profissionais que atuam em defesa da sociedade e da vida.

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