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Por que as mulheres suecas estão abandonando suas carreiras?
Dados indicam que a dificuldade em equilibrar trabalho profissional e vida familiar é uma das principais razões para o fenômeno
Por: Claudia Molinna
Publicado em: 10/12/2024 08:49
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Foto: Freepik |
Um estudo recente do Instituto Sueco de Pesquisa Social revelou uma tendência preocupante: cada vez mais mulheres na Suécia estão abandonando suas carreiras, mesmo em um dos países com as políticas de igualdade de gênero mais avançadas do mundo. A análise aponta que, apesar de iniciativas como licença parental compartilhada e horários de trabalho flexíveis, as mulheres ainda enfrentam uma carga desproporcional de responsabilidades domésticas.
Os dados indicam que a dificuldade em equilibrar trabalho profissional e vida familiar é uma das principais razões. Muitas mulheres relatam esgotamento físico e emocional, resultado de uma rotina que combina demandas corporativas intensas com o trabalho não remunerado em casa. Além disso, expectativas culturais que ainda reforçam o papel tradicional das mulheres na criação dos filhos, contribuem para essa decisão.
Outro ponto destacado é o impacto do ambiente corporativo. Embora a Suécia ofereça proteção trabalhista robusta, o alto nível de competitividade em alguns setores aumenta a pressão, tornando o equilíbrio entre carreira e família ainda mais desafiador.
Esse fenômeno expõe um paradoxo: políticas públicas avançadas não garantem a superação de barreiras culturais profundamente enraizadas. A Suécia, referência global em igualdade de gênero, enfrenta agora o desafio de transformar essas normas sociais.
O abandono das carreiras por mulheres suecas lança luz sobre a necessidade de novas abordagens, que incluam mudanças estruturais e culturais, garantindo que as escolhas femininas não sejam moldadas pela desigualdade, mas sim pela verdadeira liberdade de decidir.
ALISTAMENTO MILITAR FEMININO NO BRASIL COMEÇA EM 2025
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Foto: Freepik |
A partir de 2025, o Brasil dará um importante passo rumo à igualdade de gênero, com a introdução do alistamento militar obrigatório para mulheres. A mudança, aprovada em 2023, visa ampliar a participação feminina nas forças armadas e fomentar uma estrutura mais inclusiva, alinhada aos valores de equidade e representatividade.
Embora o serviço militar para homens seja obrigatório desde 1906, a inclusão das mulheres é inédita. Elas poderão contribuir em diversas áreas, como tecnologia, saúde e logística, além de desempenharem funções estratégicas e operacionais.
O alistamento será obrigatório para jovens de 18 anos, mas, assim como ocorre com os homens, haverá possibilidade de dispensa por motivos específicos, como questões de saúde ou estudos. A medida não apenas amplia as oportunidades para as mulheres, mas também promove debates sobre a importância de sua presença em setores tradicionalmente masculinos.
Ao desafiar estereótipos históricos, essa mudança marca um momento de transformação, reforçando a representatividade e fortalecendo as forças armadas com diversidade e inovação.
BETO RICHA PROPÕE INCLUSÃO DE VIOLÊNCIA ESPIRITUAL NA LEI MARIA DA PENHA
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Foto: Freepik |
O ex-governador do Paraná e atual deputado federal, Beto Richa, propôs uma mudança significativa na Lei Maria da Penha: a inclusão da violência espiritual como uma nova categoria de agressão. A proposta visa reconhecer os danos causados por práticas que minam a fé, a crença ou a espiritualidade das mulheres, considerando os impactos profundos que essas ações podem ter na autoestima e no bem-estar emocional.
A violência espiritual, segundo Richa, ocorre quando alguém usa a religião ou crenças para manipular, controlar ou punir, destruindo a liberdade de escolha da vítima. Casos como proibição de práticas religiosas, imposição de dogmas ou humilhações por crenças pessoais seriam enquadrados nessa nova tipificação.
A proposta é inédita e levanta debates sobre a ampliação dos direitos das mulheres. Se aprovada, poderá abrir caminhos para enfrentar uma forma de violência muitas vezes ignorada, reforçando o compromisso da Lei Maria da Penha com a proteção integral e dignidade feminina.
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