Clouds25° / 27° C

COLUNA

Explosão de raiva é ansiedade acumulada, aponta estudo

Segundo dados do Journal of Affective Disorders, 7 em cada 10 participantes diagnosticados com TAG relataram episódios de raiva explosiva frequentes

Publicado em: 17/12/2024 08:49

 (Foto: Freepik)
Foto: Freepik
Você já presenciou uma explosão de raiva que parecia desproporcional à situação? Pesquisadores revelam que, em muitos casos, essas reações não são apenas descontrole emocional, mas um sintoma mascarado de ansiedade acumulada.

Estudos recentes destacam que a ansiedade mantém o corpo em constante estado de alerta, liberando adrenalina e outros hormônios que preparam o organismo para situações de perigo. Contudo, quando essa tensão se acumula sem alívio, pode explodir em forma de raiva. Para pessoas com transtorno de ansiedade, essa resposta é ainda mais intensa, já que situações neutras podem ser interpretadas como ameaças.

Segundo dados do Journal of Affective Disorders, 7 em cada 10 participantes diagnosticados com transtorno de ansiedade generalizada (TAG) relataram episódios de raiva explosiva frequentes, especialmente em momentos de frustração ou sensação de impotência. A raiva, nesse contexto, funciona como uma válvula de escape para emoções reprimidas, permitindo uma descarga que o corpo já não consegue conter.

Essas descobertas desafiam a visão comum de que explosões de raiva são apenas fruto de temperamento forte. Elas revelam uma luta interna invisível, que pede atenção e cuidado. Especialistas sugerem que o tratamento da ansiedade, com terapia e técnicas de regulação emocional, pode ser a chave para prevenir esses episódios.

A próxima vez que presenciar ou experimentar uma explosão de raiva, lembre-se: por trás dela pode estar um pedido silencioso de socorro emocional, muitas vezes ignorado.

CÂMARA APROVA CASTRAÇÃO QUÍMICA PARA PEDÓFILOS
 
 (Foto: Freepik)
Foto: Freepik
 

A recente aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de lei, que prevê a castração química para pedófilos,  reacendeu um debate acalorado no Brasil. A proposta sugere o uso de medicamentos hormonais para reduzir a libido de condenados por crimes sexuais contra crianças, como condição para a progressão de regime em casos específicos.

Defensores do projeto consideram a medida uma resposta necessária frente à gravidade dos abusos infantis, que deixam marcas profundas nas vítimas e famílias. Para muitos, trata-se de uma forma de dissuadir reincidências, reforçando a mensagem de que crimes contra crianças não serão tolerados.

Por outro lado, a iniciativa enfrenta críticas quanto à ética e eficácia. Especialistas alertam que a castração química não elimina a predisposição psicológica ao crime, o que exige um acompanhamento terapêutico mais amplo. Também há quem questione se a medida fere os direitos humanos, criando um precedente perigoso para punições que envolvem intervenções corporais.

O projeto segue agora para o Senado, em meio a uma sociedade dividida. A decisão final, seja qual for, terá implicações profundas no equilíbrio entre justiça, direitos fundamentais e proteção das vítimas mais vulneráveis: as crianças. O debate continua aberto, exigindo reflexão séria e responsável.

APROVADO USO DE TORNOZELEIRA ELETRÔNICA EM CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
 
 (Foto: Freepik)
Foto: Freepik
 

O Congresso Nacional aprovou uma medida que pode representar um marco na proteção de mulheres vítimas de violência doméstica: o uso de tornozeleiras eletrônicas para monitorar agressores. A proposta, que agora segue para sanção presidencial, busca reforçar as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, garantindo maior segurança às vítimas.

O dispositivo permitirá o rastreamento em tempo real do agressor, com alertas automáticos para as autoridades e para a vítima, caso ele ultrapasse o limite estabelecido pela justiça. Essa tecnologia não apenas inibe descumprimentos das medidas protetivas, mas também agiliza a resposta policial, aumentando as chances de evitar novos episódios de violência.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 72% das mulheres assassinadas em 2023 foram mortas por parceiros ou ex-parceiros. Essa realidade alarmante mostra a urgência de medidas mais eficazes para impedir que o ciclo da violência termine em tragédia.

Especialistas afirmam que o monitoramento eletrônico é uma ferramenta que dá à vítima a chance de retomar sua vida com menos medo, enquanto responsabiliza o agressor. Contudo, alertam que a iniciativa deve ser acompanhada de políticas públicas que fortaleçam o atendimento psicológico, jurídico e social das vítimas.

Mais Colunas

Acompanhe o Diario de Pernambuco no WhatsApp
Acompanhe as notícias da Xinhua