COLUNA

Gerações Z e Y não ambicionam cargos de liderança

Para elas, os ganhos não compensam as horas extras ou o estresse gerados pela gestão de equipes

Publicado em: 06/02/2024 10:23

 (Foto: Freepik)
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Como a Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010, transição do século XX para o século XXI) e a Geração Y (os millennials, nascidos entre 1981 e 1996, transição entre o mundo analógico e o digital) tendem a priorizar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, não sentem tanta atração por cargos de gerência. Para elas, os ganhos não compensam as horas extras ou o estresse gerados pela gestão de equipes.

Antigamente, desejava-se subir na hierarquia das instituições.  Hoje, numa pesquisa recente realizada pela CoderPad, plataforma de entrevistas para equipes líderes, 36% dos trabalhadores em tecnologia disseram não querer cargos gerenciais. 

Segundo a Sloan Management Review, embora a eficácia do gestor seja uma prioridade máxima para as empresas, o apoio aos gestores está diminuindo, o que dificulta a vontade de ser líder. Um estudo realizado em 2022 pela Think Tank Future Forum revelou que, no local de trabalho pós-Covid, os gerentes intermediários são os mais exaustos. 45% relataram que estavam esgotados. Tudo isso desestimula a ambição por cargos de liderança. 

A geração Z é flexível, conciliadora, conectada, questionadora e preocupada com o meio ambiente e questões sociais. A geração Y preza pela diversão e concilia o prazer com o trabalho. Preferem um ambiente leve, onde o trabalho gostoso de fazer, para que não vire uma obrigação pesada. Enfim, são ambições diferentes das gerações antigas, focadas no lucro, com forte senso de hierarquia, bastante controladoras, mas com facilidade para a liderança. 

PARTICIPAÇÃO FEMININA MILITAR CRESCE NO MUNDO, MENOS NO BRASIL 
 
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Forças Armadas de pelo menos 17 países possuem, alguns deles há décadas, mulheres que operam na linha de frente das batalhas. Nem todas essas nações são autoritárias, como a Coreia do Norte, ou estão em guerra, como Israel e Ucrânia. A lista inclui vários países ocidentais e seus aliados, entre eles França, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Nova Zelândia, Polônia, Suécia, Noruega, Austrália, Finlândia, Índia e Canadá.

No Brasil, as Forças Armadas podem definir em quais armas as mulheres podem atuar e a quantos cargos  podem concorrer. Diante da discussão sobre o tema em ação no STF, Supremo Tribunal Federal, em 2023, o Exército tem defendido o veto às mulheres em armas combatentes, alegando que a fisiologia feminina, refletida na execução de tarefas específicas na zona de combate,  pode comprometer o desempenho militar em determinadas operações. 

O Exército brasileiro proíbe que militares femininas entrem em armas como cavalaria, infantaria, artilharia e engenharia. A Aeronáutica mantém vetos à participação de mulheres na infantaria, responsável pelo combate terrestre. A Marinha brasileira não proíbe formalmente a entrada de mulheres em nenhuma carreira, mas a ação no STF questiona o fato de os editais para cursos na Força limitarem o acesso delas a vagas reduzidas.

MÃES E PAIS DE RECÉM-NASCIDOS COM DEFICIÊNCIA PODERÃO TER LICENÇAS AMPLIADAS
 
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A estabilidade provisória, a licença-maternidade e a licença-paternidade do trabalhador que tiver filho recém-nascido com deficiência, poderão ter seus prazos ampliados, caso se transforme em lei um projeto que atualmente tramita na Comissão de Direitos Humanos. 

Atualmente, as trabalhadoras têm direito a 120 dias de licença-maternidade e uma estabilidade provisória de até cinco meses após o parto. A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), autora do PLP 167/2023, propõe ampliar os dois prazos para 180 dias. 

Alega que recém-nascidos com deficiência, de modo geral, necessitam de amplos cuidados, de assistência permanente e de proximidade com a mãe por tempo mais prolongado. 
Ela também afirma que a licença-paternidade, estabelecida em cinco dias pela Constituição, poderia ser prorrogada em até 60 dias em caso de pais de recém-nascidos com deficiência. 

A regra já comporta exceções: servidores públicos ou pessoas vinculadas ao Programa Empresa Cidadã têm direto a mais 15 dias de licença. Fonte: Agência Senado

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