COLUNA

Mutismo seletivo: o bloqueio na hora de falar

Transtorno de ansiedade é mais frequente em crianças, mas também afeta adultos

Publicado em: 12/12/2023 10:15

 (Foto: Freepik)
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Às vezes, o nível de ansiedade é tão grande que a pessoa trava e não consegue se comunicar. Pode, por exemplo, conversar normalmente com familiares e amigos próximos, mas ficar muda quando está com outras pessoas, sentindo medo e pânico, congelando a fala. 

Se isto for recorrente, pode se tratar de mutismo seletivo, que é um transtorno de ansiedade no qual o indivíduo tem um bloqueio e é incapaz de falar em determinadas situações sociais. É mais frequente em crianças, mas também afeta adultos.

As causas do mutismo seletivo ainda não são bem conhecidas. Contudo, costuma ser devido a algum trauma da infância. O bloqueio traz muita insegurança para a pessoa, que acaba por desenvolver  o medo de receber críticas e ser rejeitada.

Não se deve confundir o mutismo seletivo com timidez. Pessoas tímidas têm um pouco de dificuldade de falar no início, mas acabam se soltam ao longo da conversa. No caso do mutismo seletivo, há a impossibilidade permanente de se comunicar com determinadas pessoas e/ou em  situações. 

Sintomas usuais em adultos:

  • Aumento da ansiedade, da tensão muscular e da frequência cardíaca, quando está perto de determinadas pessoas.
  • Mal-estar e nervosismo, quando no mesmo ambiente que certas pessoas.
  • Impossibilidade de falar em algumas situações e com algumas pessoas.
  • Sentimento de alívio imediato, quando se afasta de quem ou do que causa este medo.
  • Sintomas físicos: dor de estômago, falta de ar, diarréia, dor de cabeça.

Sintomas costumeiros em crianças:

  • Dificuldade para interagir com outras crianças;
  • Falta de comunicação com professores;
  • Dificuldade para se expressar, mesmo que através de gestos;
  • Timidez excessiva;
  • Isolamento social;
  • Dificuldade em ir ao banheiro em ambiente não familiar, fazendo xixi nas calças, ou de comer na escola.

O mutismo seletivo é um transtorno um tanto raro, que com tratamento psicológico adequando é possível supera-lo. Estes são que têm dado mais resultados:

  • Terapia sistêmica: focada em compreender e mudar as dinâmicas dos diversos tipos de relação (laboral, amorosa, familiar, etc). Este tipo de terapia busca soluções práticas para os problemas.
  • Terapia cognitivo-conductual: o psicólogo oferece pautas concretas para o paciente que pouco a pouco vão diminuindo o bloqueio. 

Com relação às crianças, é importante:
 
  • Não forçar a criança a falar;
  • Evitar responder pela criança;
  • Elogiar quando a criança demonstra progresso em sua capacidade de comunicação;
  • Estimular a criança a fazer coisas que são mais difíceis, como por exemplo comprar pão, por exemplo;
  • Deixar a criança confortável nos ambientes, de modo a evitar que sinta que é o centro das atenções.

CÂMARA CRIMINALIZA NUDES 
 
 (Foto: Freepik)
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A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei, que criminaliza o ato de criar e divulgar imagens de nudez e conteúdo sexual,  utilizando inteligência artificial. Para quem praticar este tipo de crime, a pena será de 1 a 4 anos de prisão, além de multa.

As montagens virtuais de conteúdo sexual, sem o consentimento das pessoas envolvidas, viola a privacidade e intimidade, podendo causar sérios danos psicológicos às vítimas, prejudicando a dignidade e autoestima, segundo o relatório da deputada Luisa Canziani (PSD-PR). A proposta partiu da deputada Erika Kokay (PT-DF), que agora segue para o Senado. 

O projeto também aumenta para 1 a 4 anos de reclusão a punição para quem produzir, fotografar, filmar ou divulgar conteúdo de intimidade sexual não autorizado. Atualmente, a condenação prevista é de 6 meses a 1 ano de detenção. 

Paralelo a isso, estipula penas para a divulgação de cenas de estupro de vulnerável e quando houver simulação de participação de crianças em atos sexuais. Nos dois casos, as condenações serão de 2 a 6 anos de reclusão e multa.

METADE DAS VAGAS INTERNAS DO CNJ PARA AS MULHERES
 
 (Foto: Freepik)
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O CNJ, Conselho Nacional de Justiça, estabeleceu uma norma interna, em que que pelo menos 50% das vagas sejam destinadas preferencialmente a mulheres. A norma vale para convocação de juízes auxiliares, cargos de confiança, assessoramento, composição de comissões, grupos de trabalho e até na contratação de terceirizados, estabelecendo a participação participação equânime de homens e mulheres sempre que possível. Este é um grande avanço para o mundo feminino.

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