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Burnout parental: a síndrome dos pais esgotados

Enquanto o burnout ocupacional está ligado ao ambiente de trabalho, o parental se relaciona com o ato cuidar

Publicado: 03/10/2023 às 10:12

/Foto: Freepik

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O burnout parental é uma condição que atinge mães, pais e cuidadores diretos, causando uma grande exaustão emocional, aliada a sentimentos de derrota, frustração ou redução na capacidade de cuidar. Enquanto o burnout ocupacional está ligado ao ambiente de trabalho, o parental se relaciona com o ato cuidar. 

Uma pesquisa feita pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, afirma que dos 1.285 pais de crianças e adolescentes menores de 18 anos, 66% sofriam de burnout parental. Destes, 68% eram mulheres e 42%, homens, mostrando a prevalência entre as mães. O estudo também aponta que o problema está possivelmente relacionado com ansiedade, depressão e aumento do consumo de álcool. 

Observa-se que o burnout parental, em comparação com o ocupacional, leva mais tempo para mostrar os sintomas, além de ainda existir uma subnotificação. A carga de atividades das mulheres, aliada à exigência para ser uma mãe adequada, costumam ser as causas desse tipo de burnout nelas. De maneira geral, o excesso de exigências aos pais, a pressão para ser uma “boa mãe” ou um “bom pai”,  traz como consequência esse transtorno.
 
A pesquisa americana verificou os principais motivos para o burnout parental: ansiedade dos pais ou dos filhos, TDAH dos filhos ou preocupação dos pais com um possível transtorno mental não diagnosticado dos filhos. 

O processo de esgotamento é gradual e em vez da pessoa procurar estratégias saudáveis para lidar com o problema, como ter um grupo de amigos, uma rede de apoio, um hobby ou respeitar as próprias necessidades, entrega-se ao cansaço ou busca aumentar a própria energia, com o abuso de substâncias ou comportamentos compulsivos, por exemplo. Os sintomas mais comuns  do burnout parental são: 

  • Estado extremo de cansaço;
  • Fadiga física e emocional que não necessariamente estão ligadas à energia que foi usada ao longo do dia, pois o cansaço não diminui mesmo após o descanso diário;
  • Sentir que precisa de distância dos filhos;
  • Sensação de isolamento;
  • Irritabilidade;
  • Falta de paciência e aumento de conflitos com outros membros da família;
  • Aumento de atividades de escape, com uso de comida, bebida ou drogas para conseguir enfrentar o dia a dia;
  • Falta de motivação;
  • Sinais físicos como dores de cabeça, gastrites, queda de cabelo;
  • Sentimentos de ansiedade e de depressão. 

Para prevenir ou tratar é necessário aprender a colocar limites para si e para os outros, compreendendo que não há problemas em dizer “não”. Outras dicas: 

  • Investir no autocuidado, para não esquecer que além de ser pai/mãe, também é um ser humano, que precisa se cuidar para aliviar situações de maior stresse; 
  • Cuidar da alimentação;
  • Descansar de verdade;
  • Buscar um sono reparador;
  • Dividir as tarefas domésticas com o parceiro e também com os filhos, que já podem assumir algumas funções na casa de acordo com a faixa etária, desde guardar seus próprios brinquedos até lavar a louça;
  • Dar responsabilidade e autonomia aos filhos em relação às tarefas da escola e à arrumação do próprio quarto;
  • Se necessário, diminuir o número de atividades extracurriculares dos filhos, que, em excesso, podem estressar todo mundo;
  • Ter um horário para atividades para lazer;
  • Praticar exercícios físicos;
  • Procurar uma rede de apoio para desabafar e falar sobre as experiências;
  • Aprender boas práticas que já funcionam para outras pessoas, principalmente nas etapas mais iniciais, quando a vontade de se isolar aumenta;
  • Procurar ajuda de terapeutas, como psicólogos, psicanalistas e psiquiatras.

ONDAS DE CALOR NA MENOPAUSA E PERIGO DE ALZHEIMER 
 
 

Estudos não publicados divulgados na reunião anual da The Menopause Society, na Filadélfia, nos Estados Unidos, no mês passado, sugerem que ondas de calor intensas estão associadas a um aumento na proteína C-reativa, que é um marcador de doença cardíaca futura, e a um biomarcador sanguíneo que pode prever um diagnóstico posterior da doença de Alzheimer.

Assim, essas ondas de calor e os suores noturnos, os famosos fogachos, podem não ser tão benignos como se pensava. Entretanto, o biomarcador não identifica se uma pessoa tem doença de Alzheimer, apenas a possibilidade de desenvolver a doença no futuro. Portanto, as ondas de calor noturnas não causam esse risco, apenas são um marcador de pessoas que correm maior risco. 

CALVÍCIE EM MULHERES CADA VEZ MAIOR
 
 

Os homens têm mais problemas com a calvície do que as mulheres. Contudo, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o número de mulheres que sofre com a calvície tende a crescer nos próximos anos, atingindo a marca de 30% de toda população feminina com mais de 50 anos. 

Esse aumento está relacionado ao estresse e à menopausa, quando a mulher tem maior probabilidade de ter calvície em razão da diminuição dos níveis de estrogênio, conforme os dados que constam no Journal of the American Academy of Dermatology. No Brasil, 42 milhões de brasileiros sofrem com a calvície, sendo que 25% das pessoas possui entre 20 e 25 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cabelo.

A calvície, ou seja, alopecia androgenética, acontece quando há o enfraquecimento de novos fios até que eles parem de nascer. O resultado é a perda do volume e falhas localizadas em diferentes pontos do couro cabeludo. 

Nos homens acontece, porque está intimamente ligada à produção de testosterona. Mas este hormônio também é produzido pelas mulheres e, em períodos de alteração hormonal, como na menopausa, quando  decrescem vários hormônios, a queda de cabelo costuma ser mais comum.

Há vários fatores que levam à queda de cabelo em mulheres, sendo os principais:  .

  • oleosidade
  • abuso de procedimentos químicos
  • distúrbios hormonais
  • deficiências nutricionais 
  • uso de medicamentos
  • doenças autoimunes
  • infecções 
  • estresse

Podem ser sinais de calvície em homens e mulheres:

  • afinamento dos fios
  • falta de crescimento ou nascimento de novos fios
  • falhas no couro cabeludo, especialmente na parte superior da cabeça
  • perda de volume do cabelo

Ao notar o cabelo mais fraco e caindo, é melhor procurar um especialista em tricologia, área da dermatologia destinada à prevenção e tratamento, incluindo a estrutura e o aspecto dos fios e do couro cabeludo, para saber a causa e tratar adequadamente.

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