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Tique nervoso: conheça os mais comuns e saiba como aliviá-los

Os tiques são comuns na infância, principalmente por volta dos cinco anos de idade, e também podem surgir na adolescência

Publicado em: 05/09/2023 12:26

 (Foto: Freepik)
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O tique nervoso ou cacoete é uma ação vocal ou motora, que ocorre de maneira involuntária e repetitiva. Começa com uma sensação desagradável, que se acumula no corpo até ser aliviada pelo tique. É um movimento muscular rápido, executado sem a pessoa perceber, que resulta em abalos ou sons corporais inesperados e de difícil controle. 

A contração muscular pode afetar:

  • Pálpebras ("piscar sem propósito")
  • Rosto ("fazer careta")
  • Pescoço ("torcer o pescoço")
  • Ombros ("levantar os ombros")
  • Mãos ("estalar os dedos")
  • Pigarrear a garganta
  • "Fungar o Nariz"
  • Estalar a língua no céu da boca
  • Emitir sons e pequenas frases aleatoriamente e sem propósito

Os tiques são comuns na infância, principalmente, por volta dos cinco anos de idade. Também podem surgir na adolescência, evoluir com o passar do tempo ou desaparecer sem a necessidade de tratamento. 

As principais causas dos tiques nervosos são derivadas da ansiedade, estresse, depressão e hiperatividade. Também podem advir de doenças subjacentes, como:

Síndrome de Tourette: doença neurológica que faz com que o portador realize movimentos involuntários e repetitivos, em geral resultando em tiques severos. 

TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo): transtorno psiquiátrico onde o portador é acometido de pensamentos intrusivos e insistentes, resultando em comportamentos repetitivos e compulsivos. É muito comum seguir rituais rígidos, com atenção especial à simetria, padrões (de cores, tamanhos e formas) e higiene.

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade): condição neurobiológica, cujos sintomas mais comuns são a falta de atenção, impulsividade e inquietude.

Em geral, o tique segue um determinado padrão:

1- Antes da contração muscular, há uma sensação de desconforto, incômodo, inquietude ou angústia.
2- Ao realizar o movimento, há o alívio. 
3- A repetição do movimento resulta do ciclo: sensação de angústia, seguida pela de alívio ao executar o movimento.
4- Toda vez que surge a sensação de desconforto,  surge o movimento, que é uma resposta parcialmente involuntária.

Os tiques se classificam em: 

Motores, com movimentos repentinos de curta duração como caretas, piscamentos, encolhimentos de ombro.

Vocais, com sons emitidos repentinamente, durante um comportamento que seria considerado normal, como a emissão de sons como tosse, estalos, pigarrear e até mesmo palavras inteiras ou palavrões.

E ainda: 

Motores simples, com movimentos como contrair o nariz, piscar os olhos, sacudir a cabeça ou os ombros.

Motores complexos, como aqueles em que ocorre uma série de movimentos na mesma ordem, como, por exemplo, estender a mão e tocar em algo repetidamente. 

A Síndrome de Tourette é caracterizada pela presença de tique vocais associados a tiques motores geralmente complexos.

Se o tique não sumir com o tempo, há a necessidade de tratamento, de acordo com o grau: 

Em casos leves, quando os tiques não são frequentes, há a necessidade apenas de observação.

Em casos intermediários, quando os tiques ocorrem de forma persistente, geralmente são submetidos a terapia cognitivo - comportamental e, se necessário, ao uso de medicamentos prescritos por um médico especializado. 

Em casos severos, além de terapia e medicamentos, pode haver indicação de procedimentos como a aplicação de toxina botulínica ou cirurgia de estimulação cerebral profunda, que costuma diminuir em 80% os tiques. 

PESQUISA SOBRE MULHERES E O PRAZER 
 
 (Foto: Freepik)
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Um estudo realizado pela Think Eva, consultoria de inovação social, afirma que seis em cada dez mulheres sentem que não dedicam tempo suficiente para explorar ou vivenciar o próprio prazer. A pesquisa foi feita com mais de duas mil mulheres, de 18 a 60 anos, de todas as regiões do Brasil. 

Os motivos que as levam a abdicar do prazer são o estresse, a falta de tempo pelo excesso de trabalho, tarefas domésticas e dedicação à família. Mais de 45% das mulheres ouvidas citam o cansaço como obstáculo para alcançar o próprio prazer. Quase 20% dizem não ter tempo para si mesmas. Também dizem que os momentos de prazer não se reduzem à prática do ato sexual. 

Somente 12% delas escolheu a alternativa “fazer sexo”, quando a pergunta era  sobre em quais momentos sentem prazer. As outras responderam que era comer algo gostoso, momentos de descanso e viajar. Os dados pesquisadas observam a conexão ou desconexão do prazer com autoestima. Assim, quando a mulher se sente atraente e bem consigo mesma, ela se sente mais aberta a buscar o próprio prazer. 

Para 36% das mulheres, o prazer está associado a se sentir desejada pelo parceiro ou parceira; 27% sentem prazer quando fazem uma viagem; 22% têm sensação de prazer quando se sentem bem com o próprio corpo e 21% atribuem prazer a uma boa noite de sono.

Mesmo que apenas 22% das entrevistadas considerem ter pouco conhecimento sobre o próprio corpo, 32% delas não sabem o que são zonas erógenas (partes do corpo que, se estimuladas, podem proporcionar prazer sexual) e quase 80% afirmou já ter fingido um orgasmo.

DIVÓRCIO GRISALHO 
 
 (Foto: Freepik)
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Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o número de divórcios de pessoas com mais de 50 anos, denominado de “divórcio grisalho”, quase dobrou nos últimos dez anos. As causas passam pelo aumento da expectativa de vida e a redução do estigma da mulher separada. 

Um estudo publicado no Journal of Gerontology afirma que nos Estados Unidos, mais de uma a cada quatro pessoas com mais de 50 anos se divorciam. A maioria dos divórcios acontecem após 20 anos de casamento. Um estudo feito na Universidade Estadual de Bowling Green, nos EUA, mostra que o número de divórcios grisalhos dobrou entre 1990 e 2010 no país. 

Sendo assim, observa-se que há dez anos, menos de 10% dos divórcios envolviam cônjuges com mais de 50 anos. Atualmente, mais de 25% dos divorciados têm mais de meio século de vida. No Brasil, conforme dados do IBGE, em 2021, 25,9% das pessoas que tiveram divórcio confirmado na primeira instância da Justiça ou via escritura tinham mais de 50 anos. 

Em 2019, o percentual foi ligeiramente menor — 25,2%. Em 2021, na data do divórcio, os homens tinham, em média, 43,6 anos e as mulheres, 40,6 anos de idade. Em 2010, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era de cerca 16 anos. Em 2021, esse intervalo diminuiu para 13,6 anos. Segundo os especialistas, o divórcio grisalho acontece pelo distanciamento e não por uma causa específica. 

Ademais, a independência feminina na modernidade ajuda bastante a mulher, no sentido de tomar medidas para ser mais feliz, diferente das suas avós que tinham que se contentar em se manter casadas, porque a sociedade segregava desquitadas ou divorciadas. 

AUMENTA O NÚMERO DE JUÍZAS DO TRABALHO
 
 (Foto: Freepik)
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Segundo a pesquisa da Justiça em Números, do CNJ, Conselho Nacional de Justiça, a maioria dos tribunais trabalhistas superou a média nacional de 38% de mulheres e 62% de homens na magistratura. Assim, mulheres já são quase metade dos magistrados na Justiça do Trabalho, pois o número de juízas do trabalho alcançou o percentual nacional de 49% na composição dos tribunais, em 2022. 

Em alguns tribunais regionais trabalhistas (TRTs), sediados nos estados, a participação feminina se aproximou dos 60%. No TRT5 (Bahia), o percentual de juízas ficou em 60%, seguido pelo TRT2 (São Paulo), que registrou 58%, e o TRT6 (Pernambuco), 55%. Na Justiça estadual, a participação feminina também superou a média nacional e ficou em 48% na Justiça do Rio de Janeiro; 47% na Justiça do Rio Grande do Sul e 44% na Justiça da Bahia.

Contudo, o Brasil ainda apresenta baixa representatividade feminina no Judiciário, pois a média brasileira é de 38%, enquanto na Europa, as mulheres juízas já correspondem a mais da metade da magistratura, 58,5%. Outros tribunais estão abaixo da média nacional. Nos tribunais superiores, por exemplo, o número de ministras é de 21%. Na Justiça Militar, a participação feminina ficou em 21%. Na Justiça Federal, o percentual subiu para 31%, enquanto na Justiça Eleitoral, o índice foi de 34%.

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