Acervo
Mais de 200 mil brasileiros estão morando em Portugal. Muitos poderiam ter buscado apoio das Câmaras de Comércio Brasil-Portugal. São mais de 18 no país e a de Pernambuco, é a segunda mais antiga – funciona desde 1912.
Ao longo dos anos, a entidade tem ajudado diversos empreendedores a internacionalizar seus negócios, tendo Portugal como portão de entrada para Europa. Com uma corrente de comércio de mais de US$ 145 milhões transacionada com os estados do Nordeste somente em 2021, Pernambuco figura, segundo dados disponibilizados pela Federação das Câmaras Portuguesas, em primeiro lugar em ordem de importância na região, no tocante aos volumes de exportações e importações, com valor transacionado de US$ 58,643 milhões naquele ano.
“Nossa missão é dar suporte técnico e especializado no crescimento e escala dos negócios mantidos por nossos associados no cenário internacional, atuando como um parceiro privilegiado no processo de internacionalização”, ressalta Daniela Freire, diretora executiva de Inovação e Relações com o Mercado da Câmara, minha entrevistada no podcast Diario Econômico desta semana.
Embora quase todos os estados da federação contem com uma Câmara de Comércio, elas atuam de forma independente nacionalmente, mas em rede. Algumas tem especificidades, como a de Pernambuco, que é muito voltada à inovação.
Perfil diferente
O fato de Pernambuco ser reconhecido internacionalmente como um estado “inovador”, pela presença do ecossistema diferenciado que gira em torno do Porto Digital, acabou dando à Câmara de Comércio Brasil-Portugal condições de atuar com mais desenvoltura que as demais nesse segmento econômico.
Arrojo
“O mercado de tecnologia e inovação é muito pujante e tem uma modalidade de entrada um pouco diferente, porque os empresários têm um perfil mais arrojado”, analisa Daniele Freire. Por esta razão, os serviços da câmara de Pernambuco acabaram chamando atenção nacionalmente.
Referência
O perfil da câmara local tem levado empresas de tecnologia e de inovação de várias partes do País a buscarem seus serviços. Empresas de estados como Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Minas Gerais têm feito sua internacionalização através da ação de profissionais pernambucanos.
Rio Grande do Norte
Inclusive, é a câmara pernambucana que está ajudando o governo do Rio Grande do Norte a desenhar o planejamento estratégico de inovação que ajudará o estado a ser organizar como um todo para atrair empresas europeias de tecnologia. A intenção do estado é fortalecer seu ecossistema de inovação.
Tem que ser sócio?
Mas tem um ponto interessante: não é necessário ser associado para ter o apoio das Câmaras de Comércio Brasil-Portugal. Elas são entidades sem fins lucrativos que oferecem uma série de facilidade para quem as procura. Evidente que o associado tem bem mais regalias, mas nada impede ao não associado de contratar, se for necessário, serviços de parceiros para execução de projetos de internacionalização.