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A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que regulamenta as criptomoedas. O texto aguarda sansão presidencial. O assunto interessa a pelo menos a três milhões de brasileiros. Este é o total de pessoas registradas em corretoras que comercializam esse tipo de ativo no Brasil. Um volume superior aos registros em bolsa de valores.
As criptomoedas encantam e assustam. Quem é contra argumenta que as empresas que vendem criptoativos não estão sujeitas nem à regulamentação, nem ao controle do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que torna mais difícil ao poder público identificar movimentações suspeitas. Já quem opera neste mercado diz exatamente o contrário: por ser transacionada em blockchain, toda operação pode ser rastreada.
Mas, diante de um negócio que é tão novo, que envolve tanta tecnologia em transações globais como os países conseguirão de fato impor regras?
O entrevistado
Para entender melhor o que está acontecendo nesse universo e as perspectivas com a regulamentação, conversei com Bruno Souza, CEO da Green Go Capital, que tem sede em João Pessoa. Ele foi o entrevistado desta semana do podcast Diario Econômico, que já está no ar e pode ser acessado nas nossas plataformas de streaming.
Quem regulamenta
Um dos pontos que chama atenção no processo de regulamentação é que as criptomoedas são ativos globais e sua comercialização não vê fronteiras. Mesmo assim cada pais está buscando definir suas próprias regras.
Milhares circulando
O desafio é o volume de criptoativos. Depois que o Bitcoin foi criado, em 31 de outubro de 2008, esses ativos digitais se multiplicaram de forma impressionante e já somam mais 20 mil em circulação. Como controlar tanta tecnologia em jogo é um dos principais pontos de atenção, segundo Bruno Souza.
Pagamentos
Um dos pontos mais importantes neste processo da regulamentação, diz Souza, é combater corretoras fakes, que andam aplicando golpes no mercado e lesando milhares de investidores. Também se espera que seja possível tornar as criptomoedas uma alternativa de meio de pagamento mais acessível, como hoje acontece com o Pix.
Amazonascoin
As cripto enfrentam o desafio da sustentabilidade. A chamada mineração, ou seja, o processo de transacionar o ativo, consome muita energia. Bruno Souza revela que para compensar o impacto ambiental surgiu a brasileira Amazonascoin, que gera até créditos de carbono. Confira!