O saldo da Adepe

Sob o comando da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), foi realizada, na segunda-feira dia 19, a 121ª Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), a última do ano e do atual governo estadual. Na ocasião, foram aprovados R$ 4,8 bilhões em investimentos, um recorde histórico. Trata-se do saldo de uma gestão elogiada pelo empresariado. Presidentes e executivos de indústrias que se instalaram recentemente em Pernambuco, como Aché, Ypê, OL Papéis, Plastipack, Masterboi, Yazaki, com quem conversei, apontam como fundamental o trabalho do presidente Roberto de Abreu e Lima e seu time. Equipe que pode ser desmontada na mudança de governo. Ou não.

 

É importante que a governadora eleita, Raquel Lyra, olhe com atenção para a Adepe. As ações da agência vão além de oferecer incentivos fiscais. Técnicos muito preparados ajudam investidores a encontrar terrenos para implantar seus negócios, a desburocratizar licenças e até na instalação de energia e água. É por isso que o estado vem sendo elogiado como destino para investimentos.

A Adepe atua além da busca ativa de investimentos. A agência de fomento tem contribuído para ativar a economia criativa, a inovação, a conexão entre indústrias e o ecossistema digital, tem estimulado o crescimento de arranjos produtivos e fortalecido as Câmaras Setoriais.

No podcast Diario Econômico desta semana eu entrevisto Roberto de Abreu e Lima. Ele faz um balanço das ações da Adepe. Entre 2019 e 2022, chegaram através da Adepe 439 empresas ao estado. Juntas, elas investiram R$ 26,6 bilhões e geraram 66.135 empregos. Neste período, a agência ampliou suas receitas totais em 68,73% frente a um aumento de despesas de apenas 39,51%.

A Adepe não olha só para os grandes negócios. A economia criativa cresceu através das ações da agência, que é a responsável pela realização da maior feira de artesanato da América Latina, a FENEARTE. As três últimas edições (não houve evento em 2022 devido a Convid-19) atraiu público total superior a 480 mil visitantes e movimentou R$ 123 milhões.

Sob sua gestão, o Centro de Artesanato completou uma década com novos espaços dedicados à moda autoral e às bebidas produzidos em Pernambuco. Também surgiram novas lojas de artesanato em shopping centers. O Centro tem um trabalho incrível de apoio ao artesão, recolhendo as peças de artistas que moram distante da capital. No podcast, Roberto conta como isso funciona.

Na conversa que tivemos, o presidente conta como a Adepe promoveu a economia criativa e aproximou grandes indústrias do ecossistema de inovação local e nacional. Confira a entrevista no Youtube do DP.