Dois grandes universos coabitam a dinâmica de uma empresa familiar – e, usualmente, o sucesso e a longevidade dessas organizações dependem muito de quão integrados estão esses dois eixos: família e negócio. Parece evidente, mas não é justamente naquilo que é óbvio que costumamos tropeçar? Do negócio, ocupa-se a governança corporativa, trazendo ou aperfeiçoando regras e processos que dão estrutura mais consistente à gestão e à governança. Mas, a experiência de famílias empresárias longevas mostra que não é suficiente cuidar somente desse universo. É preciso organizar a família, alma do negócio, e sua interação com a empresa.

É disso que trata a governança familiar. E isso vai muito além de promover encontros familiares e catalogar nascimentos e aniversários. Há uma dimensão estratégica muito importante nesse trabalho, que passa por, dentre vários outros aspectos, identificar características e valores daquela(s) família(s) que compõem o grupo proprietário;  diagnosticar os perfis de cada membro familiar, estendendo seu pendor para os negócios e/ou para o trato e liderança familiar; construir estruturas de diálogo adequadas à complexidade e desafios daquela família empresária e alocar nelas os membros de maior aptidão para aquelas tarefas; mapear e estimular o desenvolvimento e acompanhar os talentos da família, procurando cobrir “gaps” de formação e sincronizar sua preparação com a necessidade do negócio; identificar e atuar preventivamente nos focos de potencial conflito da relação, mediando diferenças de forma que eventuais ruídos não atrapalhem o convívio e não cheguem ao negócio; provocar e canalizar a visão de futuro daquela família empresária, acertando a bússola para os ciclos seguintes de desenvolvimento dos negócios. De maneira geral, trata-se de criar e manter ativos canais de comunicação daquilo que é relevante ao negócio e à família; integrar os membros familiares, especialmente quando se trata de mais de uma geração; estimular e acompanhar a formação de talentos; disseminar princípios, propósitos e valores e cultivar o legado e o sentimento de pertencimento.

Com base em todos esses aspectos, a governança familiar é o foco do programa Conselheiro F desenvolvido pela Escola F – Educação para Famílias Empresárias que é composto por 4 módulos e será iniciado no dia 12 de abril, no Recife. Ele envolve não só as reuniões com os facilitadores, mas também atividades individuais e encontros em grupos menores realizados entre os módulos. O participante vivenciará uma experiência completa em governança familiar, absorvendo o conteúdo teórico relevante, mas, principalmente, atuando na prática, construindo soluções para problemas reais e trocando experiências com os outros profissionais. Para saber mais é só acessar http://escolaf.com.br/conselheiro-f/