Elton John: 72 anos de amor à música

Chico Carlos
Jornalista e membro do Elton John Forever

Publicado em: 27/03/2019 03:00 Atualizado em: 27/03/2019 08:32

O pianista, cantor, compositor e produtor britânico Elton John continua em um momento incrível em sua carreira e vida pessoal. E quem afirmou a felicidade foi o próprio cantor, que comemorou seu aniversário de 72 anos na  segunda-feira, dia 25 de março.

Quem foi que nunca assobiou uma música de Reginald Kenneth Dwight, digo melhor, de Elton John? Nos anos 70, esse palhaço pop do rock n’ roll encantou o mundo com sua maneira irreverente de ser. Passava como um foguete por cima de tudo alimentava o motor de sua criatividade com muita paixão. Transbordou suas loucuras juvenis, extravagâncias, luxos e excentricidade que venderam milhões de discos.

Nos Estados Unidos, para um espetáculo no Troubador Club, de Los Angeles, para lançamento de sua carreira, o artista surpreendeu. Cantou, pulou sobre o piano e dançou como nunca. Conquistou a admiração do público. O vento soprou sobre a América, o sucesso de Elton John começou a decolar. Quanto mais nos enfiamos pelos anos 70, mais a sua música é um amplo universo. Mundo de pisca-piscas, luminosos, estrelas de Hollywood, mansões, gosto pelo luxo, excentricidades, carrões correndo por estradas de tijolos amarelos.

Parte da imprensa invejosa e preconceituosa teve que engolir seco o sucesso espantoso de Elton John. É preciso dizer que o cardápio musical eltoniano foi produzido em parceria com o poeta Bernie Taupin, em cima de letras simples, cruas, irônicas, românticas, abordando os mais diferentes temas e gêneros. Talvez a fórmula para Elton enfileirar inúmeros sucessos.

Nos anos 70, ninguém vendeu tantos discos como este “baixinho”, com suas manias e histórias estranhas. No palco, conquistou milhões de fãs e enfrentou crises inevitáveis que a fama oferece: tentativa de suicídio, separações, mergulho nos excessos, seja álcool, drogas ou comida. Todavia, foi preciso mudar radicalmente e evoluir. Livrou-se das drogas e dos excessos. Abriu-se como poucas estrelas pop já o fizeram antes. Além de assumir de público sua homossexualidade, o que, aliás, não era segredo para seu público cativo e fiel. Convencido de sua “sorte” por não ter contraído o vírus da Aids, criou, em 1992, duas fundações contra a HIV/Aids, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos nas quais investe grande parte dos shows e direitos autorais. Fazer o bem não importa a quem. Em 2017, a Fundação Elton John Aids arrecadou mais de 385 milhões de dólares para combater a doença.

Mais de 40 álbuns gravados, diversas premiações e os incontáveis recordes de execução e vendagem – mais de 250 milhões de discos vendidos em todo o planeta. Apenas mostram parte da extensa história musical desse notável artista nascido em Pinner, no condado de Middlesex, na Inglaterra.

Artista inconfundível, celebridade acima do bem e do mal, ser humano exigente, sincero, porém, dos mais generosos. O único artista solo a chegar 40 vezes às paradas da Billboard, com diversificados sucessos. Essa história  começou valendo em 1970. Na década de 70, já consagrado com o nome artístico de Elton John, foi considerado pela crítica como um dos maiores cantores de rock na década.

Em janeiro de 2018, Elton John anunciou que iria se retirar dos palcos, com uma última turnê, intitulada Farewell Yellow Brick Road, realizando 300 shows por todo o mundo até 2021. A turnê teve início em 8 de setembro de 2018 nos Estados Unidos, na cidade de Allentown, Pensilvânia.

A Paramount Pictures acaba de divulgar o primeiro trailer oficial do filme Rocketman, que conta a incrível história da carreira do músico Elton John. Descrito como uma “fantasia musical épica”, o longa, dirigido por Dexter Fletcher, mostra a transformação de um tímido garoto e pianista prodígio Reginald Dwight na estrela internacional Elton John, uma das figuras mais icônicas da cultura pop. Estreia no dia 30 de maio nos cinemas. O restante muitas pessoas sabem, conhecem, curtem...

Pois bem Elton, o show ainda não terminou!

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