Terno Rei retorna ao Festival No Ar Coquetel Molotov com novo álbum após seis anos
O Festival No Ar Coquetel Molotov realiza, neste sábado, a sua 22ª edição, trazendo shows de nomes como Zaho de Sagazan, Shevchenko e da banda Terno Rei, de volta após seis anos com novo álbum
Chegou o grande dia da 22ª edição do Festival No Ar Coquetel Molotov. Neste sábado (6), com uma curadoria que costura o internacional ao local, e o experimental ao tradicional, o Molotov mantém sua vocação de ser um ambiente de encontro e diversidade musical.
Atravessando gêneros como tecnobrega, ritmos latinos, indie rock e rap, a programação se desdobra hoje, a partir de 17h, por mais de 12 horas consecutivas em três palcos, no Campus da UFPE. reunindo nomes como Shevchenko, Don L, Duquesa, Guerreiros do Passo, Urias, Zaho de Sagazan e a banda Terno Rei.
Em 2019, a Terno Rei desembarcou no Coquetel Molotov já posicionada entre as principais referências do rock alternativo nacional e ofereceu ao público uma apresentação catártica, centrada no aclamado álbum Violeta. Seis anos depois, o quarteto paulistano, formado por Ale Sater, Bruno Paschoal, Greg Maya e Luis Cardoso, retorna ao festival com uma identidade sonora mais consolidada e madura em Nenhuma Estrela, seu mais recente trabalho.
Entre guitarras espaciais, sintetizadores oitentistas e melodias que flertam com o dream pop e a new wave, o disco condensa em 11 faixas a evolução sonora do grupo ao longo de 15 anos de carreira. “Não ficamos ‘girando lâmpada’ nem tentando mil caminhos”, resume Ale Sater. “Fomos direto ao que queríamos.” A dualidade do disco pode ser sentida em Nada Igual, com sua reverência aos anos 80 e a The Smiths, e na faixa-título Nenhuma Estrela, que revisita de forma sutil o universo de Violeta.
A faixa Relógio, na qual são detalhadas cenas simples do cotidiano, emerge como um dos momentos mais tocantes do disco, especialmente por trazer a voz e composição do saudoso Lô Borges, que sempre foi uma das maiores referências do Terno Rei. “Fico pensando que podia ter valorizado mais, conversado mais… Mas fica o feat, que amamos. A música saiu cremosa, com a voz dele ali, eternizada”, afirma.
O entendimento mais profundo de suas referências, aliado à maturidade sonora construída nos últimos anos, molda o retorno da banda ao Molotov. Para a plateia pernambucana, sempre atenta e receptiva, essa equação se multiplica. “Recife, como cidade, tem um apreço pela cultura que está acima da média do país. É um lugar que valoriza música, cinema, dança, carnaval… Por tudo isso, é um show que a gente leva muito a sério e quer fazer com todo o cuidado”, promete Ale.