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Réveillon no Recife: Prefeitura monta operação inédita para monitoramento de crianças

Sistema inclui monitoramento através de geolocalização e uso de drones

Por Diario de Pernambuco

Primeira noite da Virada Recife 2026 reúne público no Pina com shows nacionais

Com a expectativa de grande público nas celebrações de fim de ano, a Prefeitura do Recife montou uma operação especial para garantir a proteção de crianças durante a Virada Recife 2026. A ação é coordenada pela Secretaria de Direitos Humanos e Juventude (SDHJ) e inclui um sistema pioneiro de identificação infantil com tecnologia de geolocalização, além de equipes distribuídas em pontos estratégicos do evento.

De acordo com o secretário de Direitos Humanos e Juventude, Marco Aurélio Filho, a iniciativa reflete a preocupação da gestão municipal em conciliar grandes eventos com políticas de proteção à infância.

Segundo ele, o Recife é a primeira capital brasileira a adotar um sistema de monitoramento infantil com esse nível de tecnologia em eventos públicos. “Nossa cidade é a primeira capital do Brasil a implementar um sistema que nos permite acompanhar todo o processo, caso essa criança se perca”, disse.

Sistema

Para acessar o evento, as crianças recebem pulseiras de identificação com tecnologia de geolocalização e QR Code. O cadastramento é simples e leva cerca de um minuto, reunindo dados pessoais da criança, informações dos pais ou responsáveis, contatos telefônicos, fotografia e eventuais dados de saúde. Nos dias 27 e 28 de dezembro, 3.206 crianças foram cadastradas.

"Ao todo, 80 agentes da SDHJ, identificados com coletes verdes, atuam nas entradas da festa e nas áreas próximas ao palco, realizando o cadastramento e prestando apoio imediato em situações de desencontro. A secretaria também montou duas entradas exclusivas na praia para facilitar a identificação das crianças e o trabalho das equipes", explicou o secetário.

Pais ou responsáveis que precisarem de ajuda podem se dirigir à Central de Direitos Humanos, instalada ao lado da unidade do Centro de Operações do Recife (COP), próxima à entrada principal do evento.

O sistema permite uma resposta rápida em caso de separação entre crianças e responsáveis. Quando uma criança é encontrada desacompanhada, a equipe acessa imediatamente os dados por meio do QR Code da pulseira e tenta localizar os responsáveis. Já quando os pais percebem o desaparecimento e procuram a equipe, o sistema de geolocalização é acionado, com emissão de alerta e mobilização das equipes de campo, com apoio de drones.

Segundo a SDHJ, durante os dias de funcionamento do sistema foram registrados 11 casos de crianças momentaneamente desaparecidas. Todas foram localizadas em até 45 minutos, com ocorrências resolvidas em tempo ainda menor.

Outras ações

A iniciativa integra o Protocolo de Proteção à Infância do Recife, lançado em novembro deste ano. De acordo com o secretário Marco Aurélio Filho, o investimento foi construído de forma gradual. Inicialmente, o trabalho era feito de maneira manual, com identificação visual e atuação direta das equipes.

A incorporação da tecnologia ocorreu neste ano, a partir da integração da SDHJ com a Secretaria de Turismo (Setur) e a Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (Secti), permitindo otimizar recursos já existentes e ampliar a eficiência do atendimento.

Além da proteção à infância, a operação da SDHJ para a Virada Recife 2026 inclui ações voltadas à inclusão de pessoas com deficiência e ao combate a diferentes formas de preconceito, reforçando a estratégia da prefeitura de garantir segurança e direitos humanos durante os festejos de ano novo na capital pernambucana.