° / °
Cadernos Blogs Colunas Rádios Serviços Portais

Após agressão em Porto de Galinhas, Polícia Militar diz que vai reforçar policiamento na praia

Segundo a Polícia Militar e a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), essa foi a primeira vez que as corporações tiveram registro desse tipo de violência

Por Diario de Pernambuco

Casal de turistas foi agredido na praia de Porto de Galinhas no último sábado (27) após serem cobrados indevidamente pelo aluguel de cadeiras e guarda-sol

Após a agressão a um casal de turistas do Mato Grosso, a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) declarou que irá reforçar o policiamento na orla municipal. A afirmação foi dada em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (29).

No sábado (27), os turistas Johnny Andrade Barbosa e Cleiton Zanatta foram agredidos por comerciantes em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o casal relatou que as agressões começaram após eles se recusarem a pagar a conta do uso da barraca, que estaria quase o dobro do que havia sido combinado anteriormente.

Nas imagens no dia do crime, é possível ver diversas pessoas, cercando-os e desferindo golpes contra eles enquanto um guarda-vidas tenta apartar a confusão.

De acordo com o subcomandante geral da PMPE, Coronel Ricardo Lopes, a corporação “fará um reforço no policiamento, apoiando as ações de fiscalização dos órgãos de controle de consumo”. Além disso, segundo o militar, o efetivo irá atuar, também, com rondas nas áreas de orla.

“Nós temos ações integradas da Polícia Militar com a Guarda Municipal de Ipojuca. A partir desse momento, após o conhecimento desse fato, iremos intensificar esse policiamento através do Batalhão de Turismo”, diz o subcomandante.

Essa foi a primeira vez que a Polícia Militar e a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) tiveram registro desse tipo de violência, conforme as corporações. “O que a gente acredita é que as pessoas acabam se empoderando e tomando coragem quando um fato desse vem à tona. E que o turista, que vem a nossa praia à passeio, ele acaba pensando que não vale a pena perder o dia de passeio para ir à delegacia. No entanto, é muito importante que quando situações dessas aconteçam, as pessoas façam registro”, afirma a delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Beatriz Leite.

O que diz o Procon

De acordo com o Procon Pernambuco, o barraqueiro não pode estipular um valor mínimo para que o consumidor gaste na barraca somente para ter direito as cadeiras e o guarda-sol.

Ainda segundo a Gerente de Fiscalização do órgão, Liliane Amaral, a informação é a armadura do consumidor. “Tem que estar clara a informação de quanto custa essas cadeiras no cardápio, o que é [cobrado], o que não é, o que está incluso, se ele quer ficar e pagar ou se não quer”, diz a gerente.

De acordo com os turistas, o desentendimento começou após divergências sobre valores cobrados pelo aluguel de cadeiras e do guarda-sol. Um dos comerciantes teria arremessado uma cadeira contra Johnny após exigir o pagamento do valor cobrado na conta, quase o dobro do que ofertado inicialmente, conforme o depoimento deles.