MTST realiza protesto em frente à Prefeitura do Recife e cobra diálogo
Protesto do MTST, iniciado na manhã desta segunda (22), cobra diálogo com a Prefeitura do Recife para tratar de demandas relacionadas à moradia e ao direito à cidade
integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizam, na manhã desta segunda-feira (22), um protesto em frente à Prefeitura do Recife. De acordo com Ísis Souza, representante do MTST Brasil, o ato cobra diálogo com a gestão municipal para tratar de demandas relacionadas à moradia e ao direito à cidade.
O movimento afirma que tenta negociar com a prefeitura há vários anos sem obter respostas efetivas. A mobilização teve início por volta das 8h e reuniu cerca de 500 pessoas, segundo o movimento.
Entre as pautas apresentadas está a situação da ocupação 8 de Março, localizada em Boa Viagem, na zona sul do Recife. A área é ocupada há cerca de cinco anos e, segundo o MTST, as famílias enfrentam ameaça de despejo.
O movimento solicita que a prefeitura avalie uma solução definitiva, incluindo a possibilidade de desapropriação do terreno, que possui dívida ativa com o município, para viabilizar um projeto habitacional por meio do programa Minha Casa Minha Vida.
Outra reivindicação envolve a Cozinha Solidária do MTST, instalada na Vila Santa Luzia, no bairro da Torre. O espaço funciona em um terreno pertencente à prefeitura e foi ocupado durante a pandemia.
Atualmente, o local serve cerca de 200 refeições por dia. O movimento solicita a formalização de um termo de uso que garanta a permanência da iniciativa.
Também integra a pauta a situação das famílias da ocupação Pedro Lorenzon, junto à Carolina Maria de Jesus, que funcionava na Várzea, nas proximidades da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco.
Após despejo, teria sido firmado um acordo prevendo a construção de 350 unidades habitacionais no bairro do Cordeiro, por meio do programa Minha Casa Minha Vida. Segundo o MTST, a obra ainda não foi iniciada devido à falta de autorizações municipais.
O movimento afirma que o protesto seguirá até que haja uma reunião com o prefeito João Campos para tratar das reivindicações apresentadas.