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Influenciador é preso suspeito de ser mandante de assassinato de casal em Santa Cruz do Capibaribe

Renann Hyago soma mais de 290 mil seguidores no Instagram e foi detido em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco em Fortaleza

Por Adelmo Lucena

Sivanilson Sinésio de Lira Lima, de 21 anos, e Nayara Gabrielle Nunes de Araújo, de 18, foram mortos a facadas

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, nesta terça-feira (2), o influenciador digital Renann Hyago Aguiar de Vasconcellos, suspeito de ser o mandante do assassinato do casal Sivanilson Sinésio de Lira Lima, de 21 anos, e Nayara Gabrielle Nunes de Araújo, de 18 anos, em julho deste ano em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. Rennan foi detido em Fortaleza, no Ceará.

Hyago Aguiar soma mais de 290 mil seguidores no Instagram, onde compartilha fotos com carros de luxo, viagens e festas. No seu perfil, ele se descreve como “ex-jogador de Free Fire”, jogo online de ação-aventura do gênero battle royale.

As autoridades cumpriram o mandado de prisão preventiva expedido contra o influenciador e apreenderam dois computadores e um aparelho celular.

A Polícia Civil informou que a prisão foi feita com apoio da Delegacia da 128ª Circunscrição e do Núcleo de Inteligência do Agreste. “Após a adoção dos procedimentos legais, o suspeito foi apresentado à autoridade policial e, posteriormente, colocado à disposição da Justiça”, diz a nota.

Até o momento, quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no crime. O casal foi encontrado na madrugada do dia 25 de julho em uma escola abandonada. De acordo com a polícia, o autor do crime é João Vitor, que confessou ter assassinado o casal no dia 11 de julho.

João Vitor teria preparado a ação um dia antes do duplo homicídio, ocorrido em 11 de julho. Segundo as investigações, ele chamou Sivanilson sob o pretexto de consertar um celular. Naquela mesma tarde, Nayara saiu de casa para encontrar o namorado e acabou chegando ao local onde os dois estavam.

Ao se deparar com o casal, João Vitor os atacou com uma arma branca, desferindo golpes no pescoço e provocando a morte dos dois. Para ocultar os corpos, ele contou com o apoio de dois adolescentes, de 15 e 16 anos, que o ajudaram a transportar as vítimas até uma cova aberta em um terreno pertencente a uma escola abandonada, a cerca de 500 metros dali.

As investigações também reuniram imagens de câmeras de segurança que registraram os suspeitos empurrando um carro de mão com um dos corpos em direção ao local onde foram enterrados.

Em depoimento, João Vitor atribuiu o crime a uma dívida. No entanto, a polícia avalia que essa versão não explica totalmente a brutalidade dos atos e suspeita de outros motivos. Além do principal investigado, os dois adolescentes foram apreendidos por participação no caso.