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Após denúncia do Diario, Prefeitura do Recife limpa área de descarte irregular em Boa Viagem

A limpeza da área foi executada após denúncia publicada pelo Diario de Pernambuco. Informação foi divulgada nesta quarta (5)

Por Diario de Pernambuco

Após denúncia, Prefeitura do Recife realiza limpeza em área de descarte irregular em Boa Viagem

Após denúncia publicada pelo Diario de Pernambuco sobre o descarte irregular de restos de obras e cocos velhos em uma área próxima ao Residencial Via Mangue III, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, a Prefeitura do Recife realizou a limpeza do local.

Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira (5), a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) informou que o serviço foi executado na última quinta-feira (30). Segundo o órgão, a limpeza é feita de forma recorrente na área, “onde a população insiste em realizar o descarte irregular, mesmo havendo uma ecoestação disponível embaixo da Via Mangue, nas proximidades do RioMar, e outra embaixo do Viaduto Tancredo Neves”.

Relembre o caso

Moradores do Residencial Via Mangue III e comerciantes da região vêm enfrentando problemas causados pelo acúmulo de entulhos e restos de coco em uma área que deveria ser de preservação de mangue. A denúncia foi encaminhada ao Diario de Pernambuco na última terça-feira (28).

O texto enviado por um morador relatava que, embora a prefeitura realizasse a limpeza após solicitações, o lixo voltava a se acumular no dia seguinte, comprometendo o meio ambiente e a convivência na comunidade.

De acordo com o líder comunitário Manoel Messias, de 45 anos, os moradores ligam frequentemente para a Emlurb solicitando a retirada do material, que atrai insetos e roedores.
“Semana passada vieram e limparam aqui. Hoje já está cheio de novo. À noite é quando mais chegam carros e caminhões, porque o local fica escuro. A prefeitura colocou pedras para impedir a entrada de veículos no mangue, mas ainda assim o pessoal insiste”, contou.

Durante visita ao local, a reportagem encontrou restos de construção, móveis quebrados, madeira, sacos de lixo, lonas e grande quantidade de cocos descartados. Um comerciante da área, que preferiu não se identificar, afirmou que o material é levado por caçambas particulares pelo menos uma vez por semana.

O mesmo comerciante relatou ter sido ameaçado por uma das pessoas responsáveis pelo descarte e criticou a atuação do grupamento ambiental da Polícia Militar. “Eles vêm todo dia de manhã, tiram foto e vão embora. Nada muda”, afirmou.

Em nota, a Emlurb informou que continuará realizando ações de limpeza e que, em parceria com a Secretaria de Ordem Pública e Segurança Cidadã (Seops), vai atuar para identificar os responsáveis pelos descartes irregulares.