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Caso Esther: polícia leva dois homens para Delegacia de São Lourenço e população causa tumulto

Com pedaços de madeira, pedras e gritos de "bota para fora", moradores protestaram em frente à unidade policial

Por Jorge Cosme

Pelo menos uma viatura foi depredada em frente à Delegacia de São Lourenço

O inquilino e o proprietário da casa onde a menina Esther, de 4 anos, foi encontrada morta, nesta terça-feira (21), foram levados para prestar esclarecimentos na Delegacia de São Lourenço da Mata, no Grande Recife.

Com pedaços de madeira e gritos de "bota para fora", a população lotou a área em frente à unidade policial e pelo menos uma viatura foi danificada. Por causa do tumulto, a polícia decidiu ouvir os dois homens no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

Criança foi achada morta em cacimba

A criança, cujo desaparecimento tinha sido denunciado na segunda (20) pela família, foi encontrada morta em uma cacimba construída na área da frente de uma casa, na comunidade Ettore Labanca, no bairro Pixete. A residência fica a cerca de três minutos de onde ela morava.

O corpo de Esther foi encontrado pelo tio, José Augusto. Segundo ele, a menina tinha machucados e vestia apenas a parte de cima da roupa.

"A parte de baixo ela não estava. Até então, a gente não sabe se eles violaram ela ou não, entendeu? Eu não sei explicar se eles tocaram nela, se eles abusaram dela, eu não sei".

Na área onde Esther foi encontrada, foram achados também objetos supostamente usados em rituais religiosos e um preservativo, informou o delegado Sérgio Ricardo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), poucas horas após a localização do corpo da criança, que estava de cabeça para baixo e dentro da água em uma cacimba de 3,7 metros de profundidade, em uma casa no bairro do Pixete.

Ainda segundo o delegado, não pode ser descartada a possibilidade de crime sexual. “Vamos fazer uma perícia complementar na cacimba, para saber se há algum objeto relacionado ao crime”, observou.