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Pernambuco registra dois novos casos suspeitos de intoxicação por metanol e totaliza 31 notificações

Os pacientes que entraram na lista dos um homem de 29 anos que mora em Quipapá e uma mulher de 33 anos que vive em Jaboatão dos Guararapes

Por Diario de Pernambuco

SES-PE confirmou óbito de paciente residente em Lajedo, internado por suspeita de intoxicação por metanol

Pernambuco registrou dois novos casos de suspeita de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas nesta terça-feira (7). A confirmação foi feita pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Com as novas notificações, o estado totaliza 31 casos suspeitos desde o início do surto. No último balanço eram 29 notificações.

Segundo informações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs/PE), um dos pacientes é um homem de 29 anos, morador de Quipapá, no Agreste, que foi atendido em um serviço de saúde de Caruaru e já recebeu alta médica. O outro caso é de uma mulher de 33 anos, residente em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, que permanece internada em uma unidade de saúde.

Do total de casos notificados, 29 são de residentes em Pernambuco e dois de outros estados (São Paulo e Alagoas). Entre os pacientes pernambucanos, oito seguem internados e 14 já receberam alta. Quatro óbitos foram registrados. Dois casos foram descartados nos municípios de Carpina e Gravatá.

As autoridades de saúde reforçam o alerta à população sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa. O metanol, substância altamente tóxica, pode causar graves danos à saúde, incluindo cegueira e morte, mesmo em pequenas quantidades.

Orientações para profissionais da saúde

A Secretaria Estadual de Saúde elaborou um material com recomendações para profissionais de saúde sobre o atendimento a pacientes intoxicados por metanol, diante dos 31 casos suspeitos registrados no estado.

O documento tem como objetivo padronizar o manejo clínico, laboratorial e epidemiológico dos casos, garantindo respostas rápidas e eficazes frente a uma substância altamente tóxica.

O texto destaca que a ingestão de bebidas adulteradas é a principal causa das intoxicações, que podem levar de sintomas leves à cegueira e morte. Os sinais clínicos surgem entre 6 e 30 horas após a exposição e incluem náusea, dor abdominal, tontura, cefaleia intensa, confusão mental e alterações visuais. O reconhecimento precoce é considerado essencial para evitar sequelas.

As orientações laboratoriais incluem coleta imediata de sangue e urina, além de exames como gasometria arterial e função renal. O diagnóstico deve ser, prioritariamente, clínico, sem aguardar resultados laboratoriais para iniciar o tratamento.

O protocolo terapêutico envolve medidas de suporte, correção da acidose metabólica com bicarbonato, uso de antídotos (etanol ou fomepizol) e, em casos graves, hemodiálise. O material reforça que o acompanhamento intensivo é indispensável para garantir a recuperação dos pacientes.