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Casal que matou vizinha queimada pega mais de 50 anos de cadeia

Diego Henrique Melo da Silva Filho e Maria Stephannie da Silva Vieira foram condenados a 51 e 69 anos de prisão, respectivamente. Eles eram acusados de incendiar propositalmente uma casa vizinha após uma discussão

Por Nicolle Gomes

Diego Henrique Melo da Silva Filho confessou que jogou gasolina dentro da casa e em seguida ateou fogo no local com um cigarro aceso

A Justiça de Pernambuco condenou a mais de 50 anos de prisão o casal que incendiou uma casa vizinha, deixando uma pessoa morta e três gravemente feridas, na Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, no último mês de janeiro. A decisão judicial foi divulgada nesta terça (7).

Diego Henrique Melo da Silva Filho, de 21 anos, e Maria Stephannie da Silva Vieira, de 22, foram condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel, e sem dar chance de defesa, e tentativa de homicídio qualificado.

Penas

Diego Henrique Melo da Silva Filho foi condenado, no total, a 51 anos de prisão: 17 anos pela morte de Samara Cristina André, e 34 anos, pelos crimes contra Sandra Maria André, Roberto Marinho Gomes e Roberta André Letícia Marinho, familiares de Samara que moravam e estavam no imóvel no momento do incêndio.

Maria Stephannie da Silva Vieira foi condenada a um total de 69 anos de reclusão: 23 anos pelo crime contra Samara Cristina André, e 46 anos pelos crimes contra Sandra Maria André, Roberto Marinho Gomes e Roberta André Letícia Marinho.

Relembre

O crime aconteceu em 5 de janeiro de 2025, no Conjunto Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, e teve grande repercussão. Segundo a decisão judicial, a motivação da prática foi uma discussão por conta da morte de um gato de uma terceira vizinha.

Diego Henrique Melo da Silva Filho confessou que jogou gasolina dentro da casa e em seguida ateou fogo no local com um cigarro aceso, de acordo com informações do Processo.

“Diego confessou ter arremessado gasolina para dentro da casa das vítimas e ateado fogo na residência, usando um cigarro [...] Os dois acusados ficaram na frente do imóvel no momento em que o fogo se alastrava em seu interior, e, mesmo ciente do desespero das pessoas que estavam no local, se mantiveram indiferentes as consequências da ação que acabaram de efetivar. Uma das vítimas (Sandra), aliás, foi enfática ao dizer que viu a acusada STEPHANNIE rindo e dizendo “que queria ver ela sair do local”, consta na decisão.

Samara Cristina André, Sandra Maria André, Roberto Marinho Gomes e Roberta André Letícia Marinho estavam dentro de casa no momento do incêndio. Eles foram encontrados desacordados e foram socorridos por vizinhos para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Ibura, na Zona Sul do Recife, e posteriormente para o Hospital da Restauração (HR), no centro do Recife, em estado grave.

Samara Cristina não resistiu aos ferimentos e morreu um dia após o incêndio, na segunda (6), no HR. Os familiares dela sobreviveram, mas ficaram com “graves sequelas físicas (problemas respiratórios) e mentais do episódio”, segundo o Juiz Presidente do Tribunal do Júri, Otávio Ribeiro Pimentel.

Diego Henrique Melo da Silva Filho e Maria Stephannie da Silva Vieira logo foram apontados como os principais suspeitos e fugiram após o crime. Eles foram localizados pela Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) na casa da avó de Maria Stephannie, em Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco.

Após prestarem depoimento à Polícia Civil, Diego Henrique foi preso em flagrante e Maria Stephannie foi liberada.